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Chimpanzés podem reconhecer seus familiares mesmo depois de décadas sem vê-los

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16 de janeiro de 2024
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2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Embora a memória social humana dure décadas e rastreie relacionamentos, menos se sabe sobre a memória de longo prazo dos primatas. Uma pesquisa publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que bonobos e chimpanzés lembram-se de espécies familiares mesmo depois de décadas. Ambos reconhecem os rostos de membros familiares da mesma espécie após anos de separação.

Na pesquisa, uma tarefa de rastreamento ocular revelou que a atenção dessas espécies era tendenciosa para ex-companheiros, comportamento que pode persistir por pelo menos 26 anos após a separação. Sua memória também revela a qualidade de suas relações sociais: bonobos e chimpanzés olharam por mais tempo para os indivíduos com quem tinham relacionamentos mais positivos.

Pesquisadores descobriram que eles podem se lembrar de colegas com quem conviveram no passado, mesmo que estejam separados há décadas. Esses resultados representam algumas das memórias de longo prazo mais longas já encontradas em animais não humanos. É também um dos primeiros estudos a mostrar que as memórias dos macacos podem ser moldadas pelas suas relações sociais.

É também surpreendente o fato de que a extensão e a natureza desta memória social sejam semelhantes à memória humana de longo prazo. O estudo foi feito mostrando a 26 bonobos e chimpanzés fotografias lado a lado de outros membros da sua espécie.

Duas imagens foram mostradas por vez, uma representando um indivíduo que eles não haviam conhecido antes e a outra mostrando um ex-companheiro de grupo que havia morrido ou sido transferido para outro local pelo menos nove meses antes. Durante o processo, a equipe rastreou o olhar dos macacos.

Os resultados sugerem que, em média, os macacos passaram mais tempo olhando imagens de ex-companheiros de grupo do que de estranhos, embora esta descoberta tenha sido mais robusta para os 12 macacos do santuário de Kumamoto, no Japão, que estão mais acostumados a experimentos de rastreamento ocular baseados em telas. Também foi sugerido que os macacos passaram mais tempo olhando para ex-companheiros de grupo em casos de relacionamentos que foram positivos.

Fonte: Um Só Planeta

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