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BUSCAS

Prédio que desabou em Olinda (PE): bombeiros fazem operação para resgatar animais

Uma operação foi montada para retirar um cachorro e um gato que ainda estão dentro do prédio.

30 de abril de 2023
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O desabamento em Jardim Atlântico, em Olinda, aconteceu por volta das 22h da última quinta-feira (27); seis vítimas fatais foram retiradas dos escombros – FOTO: GABRIEL FERREIRA/JC IMAGEM

Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CMBPE) seguiram, neste domingo (30), atuando no Edifício Leme, em Olinda, que desabou na última quinta-feira (27), matando seis pessoas. Desta vez, para resgatar um cachorro e um gato que ainda estavam dentro do prédio.

As buscas por vítimas foi encerrada na madrugada desse sábado (29), quando foram encontrados os últimos dois corpos de desaparecidos. Na manhã, uma equipe foi enviada para resgatar os animais que se encontravam no edifício.

Uma cadela e um pássaro que estavam no 1° andar do prédio foram retirados pelos bombeiros, em segurança, com auxílio de uma escada.

No entanto, pela estrutura apresentar grande risco e necessitar de cuidados para que a ocorrência seja realizada de forma segura e eficaz, não foi possível a retirada dos demais animais.

Sendo assim, foi montada uma força tarefa entre o CBMPE, a Defesa Civil de Olinda, Empresa de Saneamento Básico e a Neo Energia para realizar neste domingo (30) novas ações de tentativas de retirada dos animais, às 8h.

Os socorristas utilizaram uma Auto Plataforma, viatura que atinge 66 metros de altura na vertical. A cadela, Bela, foi resgatada em segurança; mas o gato não foi encontrado.

Cachorra Bela e a tutora Monique após o animal ser resgatado de prédio que desabou em Olinda — Foto: João Neto/TV Globo

TRAGÉDIA

Na última quinta-feira (27), por volta das 22h, o Edifício Leme, que fica na Rua Acapulco, no bairro Jardim Atlântico desabou parcialmente. Em consequência, um incêndio se iniciou no local. O Corpo de Bombeiros de Pernambuco foi acionado para dar início aos resgates.

Todos eles já foram retirados dos escombros pelas equipes de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros.

Cinco vítimas foram resgatadas com vida, das quais três são do sexo feminino e duas do masculino.  As duas mulheres que foram encaminhada para a UPA da PE-15, em Olinda, receberam alta. Ambas têm 25 anos de idade.

A terceira vítima, do sexo feminino, de 30 anos de idade, recebeu alta do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na noite dessa sexta-feira (28). Os dois homens, de 45 e 53 anos, permanecem internados no Hospital da Restauração, no Recife. Segundo o último boletim médico, o estado de saúde dos dois pacientes é considerado estável.

Já das vítimas fatais, quatro eram do sexo feminino e duas eram do sexo masculino. Elas tinham entre 13 e 60 anos de idade.

O corpo de Maria José Barbosa da Silva, de 52 anos, foi encontrada após mais de 15 horas de buscas pelos escombros. Também foram identificados os corpos de  Everton Benedito dos Santos, de 13 anos, e de Rodolfo Henrique Pereira da Silva, 32. No início da noite dessa sexta-feira, foram encontradas sem vida, Juliana Alves, de 32 anos, e sua filha, Flávia Raiane, de 16 anos.

De acordo com a Prefeitura de Olinda, o Edifício Leme foi interditado em 2000, pela Defesa Civil, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“Em seguida, os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do mesmo. A mesma seguradora também é responsável pela vigilância do prédio que deveria proibir a ocupação”, afirmou.

“A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes”, continuou, na nota.

“Hoje, no entanto, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel, após a ação da Prefeitura, porém a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. E isso mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento”, disse a gestão municipal.

Fonte: JC

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