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FAMÍLIA MULTIESPÉCIE

No mês de combate a doenças em animais idosos, conheça a história de tutora e seu gato de 16 anos que cresceram juntos: 'Meu irmão'

8 de fevereiro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Thaiane Moitinho/Arquivo Pessoal

Já imaginou crescer, passar pela adolescência e chegar à vida adulta ao lado de um animal doméstico adotado na infância? É o sonho de qualquer tutor, sem dúvidas. Contudo, cães e gatos mais velhos requerem cuidados especiais.

Neste “fevereiro roxo”, mês de prevenção de doenças em animais idosos, conversamos com uma veterinária para explicar como garantir uma boa saúde aos “idosinhos” e conheceu uma história de amizade, entre humana e gato, que já dura 16 anos.

A história da fisioterapeuta Thaiane Martins Moitinho e do gatinho “Kiko”, moradores de São José do Rio Preto (SP), começou em 2008, quando ela tinha apenas sete anos. Thaiane lembra que uma gata deu à luz no telhado da casa da avó dela, na Bahia. Da ninhada, um dos filhotes caiu dentro do forro do imóvel e ficou preso por três dias.

“Meu tio resgatou o Kiko, mas achou que estava morto e colocou ele em uma sacola. Fiquei morrendo de dó, então eu e minha irmã pegamos ele e levamos para dentro de casa onde pedimos para nossa mãe se podíamos ficar com o gatinho, mas tudo dependia do meu pai. Como ficamos com medo, escondemos o Kiko dentro de uma sapateira até o convencermos”, conta Thaiane.

No fim, o pai descobriu sobre o “morador” da sapateira e aceitou adotar o filhote. Hoje, Kiko tem 16 anos e sua tutora, Thaiane, 23.

“Pra mim ele é meu irmão, o Kiko sempre foi um gato com muita personalidade e tivemos que aprender muito sobre limites com ele, mas levei muitos arranhões até aprender”, brinca a tutora sobre o processo de crescimento ao lado do gato.

De acordo com a veterinária Mayara Tóffolo Carter, especialista em medicina felina e endocrinologia de animais, os gatos são considerados idosos a partir dos 15 anos. “‘A partir dos sete anos, ele é considerado maduro. Aos 12, ‘sênior’ e aos 15, ‘geriátrico’.

“Como o Kiko é um gato idoso, ele é um pouco mais lento, dorme mais e a alimentação também é diferente, mas ele tem muitos picos de energia durante o dia, ainda corre e brinca”, conta Thaiane sobre a rotina do felino, que é acompanhado frequentemente por veterinários.

A tutora ainda ressalta que a alimentação do Kiko é totalmente pastosa – com patês e rações úmidas -, pois o “gatinho” já perdeu todos os dentes devido à idade avançada.

Cuidados

A veterinária Mayara Tóffolo alerta para as doenças mais suscetíveis quando o animal atinge a “terceira idade”. De acordo com ela, problemas renais, hipertireoidismo, doenças articulares e de comportamento são as mais comuns nesse período.

“Como orientação, indico após os sete anos uma avalição anual dos felinos. Tenha um veterinário de confiança e faça os exames de sangue e imagem, [pois] quanto antes diagnosticada a doença, mais mudanças podem ser feitas para [garantir] a qualidade de vida do animal”, reforça a especialista.

Fonte: G1 

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