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RISCO DE PANDEMIA

Primeiro caso registrado: morsa morre de gripe aviária

30 de abril de 2024
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Foto: Divulgação

Uma descoberta sombria no Ártico norueguês revelou que uma morsa encontrada morta no ano passado foi vítima da gripe aviária. Confirmado por Christian Lydersen, do Instituto Polar Norueguês, os resultados dos testes realizados por um laboratório alemão indicaram a presença do vírus na morsa. No entanto, a cepa específica da gripe, se H5N8 ou H5N1, não pôde ser determinada.

Lydersen levantou preocupações adicionais, sugerindo que outras seis morsas encontradas mortas no mesmo período nas ilhas Svalbard também podem ter sido infectadas pelo vírus. Essa descoberta é parte de um padrão mais amplo de infecções que afetam mamíferos marinhos na região, incluindo um urso polar, leões-marinhos e focas.

A principal via de infecção identificada é a alimentação desses animais por aves contaminadas. Este episódio faz parte de uma tendência preocupante, no qual o vírus da gripe aviária se espalha além das aves de criação para a vida selvagem, resultando em uma pandemia animal que afeta diversas espécies.

Desde o início dos surtos das cepas H5 altamente patogênicas, mais de meio bilhão de aves de criação foram mortas em uma tentativa de conter o vírus. No entanto, a doença persiste, afetando não apenas aves selvagens, mas também mamíferos marinhos. Esse fenômeno não está confinado ao Ártico, como evidenciado pelo caso de pinguins infectados na Antártica no ano passado.

Especialistas apontam para a indústria avícola como a principal responsável por essa disseminação, observando que a gripe aviária altamente patogênica geralmente não ocorre na natureza. Thijs Kuiken, patologista comparativo da Universidade Erasmus, na Holanda, destaca a natureza excepcional dessa disseminação, que se originou nas aves de criação e se espalhou para aves selvagens em todo o mundo.

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