EnglishEspañolPortuguês

RESPONSABILIDADE HUMANA

Mortes em massa de elefantes-marinhos são registradas enquanto a gripe aviária se espalha pela Antártica

8 de dezembro de 2023
Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ashley Cooper/Alamy

A gripe aviária está se disseminando na Antártida, com centenas de elefantes-marinhos encontrados mortos, aumentando o temor de um possível “dos maiores desastres ecológicos dos tempos modernos” se o vírus altamente contagioso atingir populações remotas de pinguins.

O vírus foi inicialmente identificado entre skuas marrons em Bird Island, na Geórgia do Sul. Desde então, mortes em massa de elefantes-marinhos, além de um aumento de óbitos em focas, gaivotas e skuas marrons, foram relatados em diversos locais. Os casos foram confirmados até 900 milhas (1.500 km) a oeste da Geórgia do Sul, entre fulmares do sul nas Ilhas Malvinas.

A Dra. Meagan Dewar, presidente da Rede de Saúde da Vida Selvagem da Antártica, expressou preocupação com a situação dos elefantes-marinhos do sul, destacando que em alguns locais houve mortalidade em massa, indicando uma possível infecção por gripe aviária.

Testes confirmaram mortes por gripe aviária em oito locais antárticos, enquanto outros 20 locais com animais mortos aguardam confirmação. Vários elefantes-marinhos apresentaram sintomas como dificuldade para respirar, tosse e acúmulo de muco, semelhantes aos sintomas em aves.

A propagação da gripe aviária na Antártida ainda não atingiu a região continental, lar de ecossistemas únicos, mas espera-se que a doença se espalhe nos próximos meses à medida que as aves migram.

A época de reprodução dos pinguins, caracterizada pelo agrupamento próximo, os torna particularmente vulneráveis. A possível chegada da doença à Antártida continental, onde muitas espécies únicas habitam, levanta preocupações sobre o impacto devastador sobre a vida selvagem e eventos catastróficos na reprodução.

O atual surto da variante H5N1, altamente infecciosa, já causou a morte de milhões de aves selvagens. A cepa H5N1 na Antártida, do clado 2.3.4.4b, dizimou populações de aves em várias regiões do mundo, sendo a Oceania a próxima preocupação.

Pesquisadores enfrentam desafios na coleta de dados devido à vastidão da Antártida e à falta de monitoramento contínuo. O fechamento de locais na Geórgia do Sul para turistas e a dificuldade em estimar números complicam a avaliação do impacto da doença na região.

    Você viu?

    Ir para o topo