Três cavalos militares correram assustados pelo centro de Londres na segunda-feira (01/07), o segundo incidente em três meses envolvendo animais do exército fugindo na capital da Inglaterra.
Seis cavalos do Household Cavalry Regiment (Regimento da Cavalaria da Guarda) participavam de um exercício sob o controle de cinco soldados quando o cavalo líder se soltou após se assustar com um ônibus. Isso levou mais dois cavalos a fugirem.
Imagens da câmera de um táxi mostraram um deles correndo e colidindo com o capô de um carro em um cruzamento no centro de Londres.
Os cavalos dispararam da Seville Street até South Eaton Place, percurso de cerca de cinco minutos, onde um cavalo foi recuperado. Dois deles continuaram até a Vauxhall Bridge via Belgrave Road antes de serem parados.
O Ministério da Defesa disse que todos eles foram recolhidos e retornaram ao Hyde Park Barracks, onde ficam os cavalos militares, às 9h55. Nenhum dos três cavalos esteve envolvido no incidente anterior que aconteceu em abril.
Em abril, cinco cavalos fugiram após se assustarem com entulho caindo por um túnel de plástico durante um exercício na mesma região. Os cavalos colidiram com veículos, incluindo um ônibus de dois andares, e tiveram vários ferimentos.
Três dos cavalos feridos, Trojan, Tennyson e Vanquish, voltaram ao serviço contra as expectativas de todos e participaram do desfile de aniversário do rei em 15 de junho. Os dois cavalos restantes, Vida e Quaker, estavam “aproveitando as férias de verão” no campo, mas voltariam ao trabalho em breve.
O perigo dessas situações para os cavalos
Claire Corridan, cirurgiã veterinária e especialista em comportamento e bem-estar animal, explicou em entrevista ao Daily Mail Online que essas situações são realmente preocupantes. “Você pensaria que o regimento de cavalaria estaria em alerta máximo após a primeira vez e que sua avaliação de risco garantiria que algo assim não pudesse acontecer novamente,” ela disse. “Qualquer coisa pode assustar um animal e ele pode se comportar defensivamente para chegar a um lugar seguro se estiver com medo, mas isso mostra como isso pode definitivamente acontecer novamente. Pode ser ainda pior na próxima vez.”
Ela contou que, embora não seja cientificamente comprovado, esse tipo de evento pode ser cumulativo a um cavalo, e qualquer tipo de ruído no futuro pode ser um precursor para que isso aconteça novamente. Mesmo que não haja ruído, eles podem associar com o primeiro incidente novamente. “Há uma lista interminável de possíveis gatilhos, especialmente em uma cidade como Londres”, explicou a veterinária.
Nota da Redação: A exploração de cavalos para transporte humano é uma prática cruel e tem que acabar. Estes sensíveis animais merecem ser tratados com respeito e dignidade, e não como meros instrumentos de serviço.
Ao longo da história, os cavalos têm sido utilizados como meio de transporte, submetidos a condições adversas e excesso de trabalho. Mas é importante compreender que eles não foram criados para servir aos interesses humanos.
A substituição de cavalos por formas mais éticas e sustentáveis de transporte é não apenas desejável, mas também uma obrigação moral. Temos que buscar alternativas que não apenas considerem os direitos animais, mas que também promovam um relacionamento mais harmonioso e compassivo entre humanos e cavalos e todas as outras espécies.