No último verão, a fotógrafa Rachele Totaro realizou um ensaio fotográfico com animais recém-libertados dos laboratórios. Segundo ela, foi a primeira vez que eles foram colocados ao ar livre e tiveram contato com a realidade externa, com a luz solar, o céu, as árvores…
“Meus pequenos modelos são animais usados em testes, que foram salvos pela La Collina dei Conigli, uma instituição de caridade italiana sediada em Milão”, informa Rachele, acrescentando que anualmente centenas de milhares de animais morrem nos laboratórios da Itália.
Há animais que são utilizados em testes letais, mas não todos. Outros não chegam a ser utilizados, mas são mantidos confinados. Apesar disso, muitos têm condições de se recuperar das experiências ruins vividas em laboratórios, segundo a fotógrafa. No entanto, e infelizmente, todos eles são considerados descartáveis para os laboratórios ao final das experiências.
Porém, na Itália a legislação prevê que os animais saudáveis sejam doados para pessoas ou instituições de caridade como a La Collina dei Conigli, que se especializou em resgatar e garantir abrigo para coelhos e outros animais utilizados em laboratórios.
E como meio de apoiar a iniciativa, Rochele tem realizado ensaios com os animais resgatados, assim tentando levar um pouco de conscientização e sensibilização a quem não costuma ver esses animais como pequenas criaturas com anseio pela vida.
A fotógrafa conta que o melhor de tudo em fotografá-los ao ar livre é perceber a satisfação ao sentirem o sol tocando pela primeira vez suas peles. “Todos agem de maneira diferente ao ar livre, e mostram que não são meros números, como são considerados em laboratórios, mas indivíduos com atitudes e personalidades peculiares”, enfatiza.