A história a seguir é um exemplo de respeito aos animais e de como a mobilização comunitária pode fazer toda a diferença. Sob a chuva e em meio ao frio, um casal permaneceu 24 horas em vigília para proteger a égua Fiona que, ferida, não conseguia seguir o seu caminho entre a Rua Presidente Lucena, em Estância Velha, até a casa do novo tutor, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo. “Passamos frio e fome, mas conseguimos salvar o nosso animal”, explica o pedreiro Jonas Rafael Leites da Silva, 25 anos.
Ele foi buscar Fiona – com sete anos e meio de idade – que estava com o antigo tutor, na noite de terça-feira. No caminho, às 20 horas, devido a lesões nas pernas traseiras a égua deitou-se no acostamento e não levantou mais. Jonas e a esposa, a costureira Janaína Ferreira da Rosa, 27, armaram a barraca ao lado de uma parada de ônibus e não arredaram o pé.
O pedreiro diz que pediu ajuda à Prefeitura de Novo Hamburgo, mas não obteve retorno. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente revelou que o projeto mantido no Parcão atende apenas cavalos e cães vítimas de maus-tratos e abandono. Foi somente às 20 horas de ontem que o bicho foi levado por voluntários. “Nos surpreendemos com o bom coração das pessoas. Faríamos tudo de novo”, revela Jonas.
O resgate
Após 24 horas sob o relento, a égua Fiona foi finalmente levada, às 20 horas desta quarta, para o sítio do estudante de Veterinária Alexandro Foss, 36 anos, em Estância Velha. Lá, receberá tratamento até voltar a andar normalmente, o que deve ocorrer em algumas semanas. Foram necessárias cerca de dez pessoas para colocá-la em uma Kombi.
Fonte: Diário de Canoas