José da Silva Moura, 59, ainda não se conforma com a violência cometida com sua égua. Diariamente, ele deixava o animal pastando em um terreno junto com outro cavalo seu. Quando foi tratar os dois, contudo, encontrou o macho solto e a fêmea deitada, com os pés amarrados pela corda que prendia o outro. “Eu fiquei desesperado, até meio pálido”, lembra.
A égua apresentava um grande sangramento na região genital. Ao lado dela estava um porrete de 10 centímetros de diâmetro e 3 metros de comprimento, dos quais cerca de meio metro estava coberto por sangue. O criminoso teria mantido relações sexuais com a égua amarrada e, em seguida, introduziu a madeira, que perfurou alguns órgãos. “O pobre bicho gritou a noite toda e sofreu mais de um dia. Ver um animal sofrendo do jeito que eu vi é muito doído. Eu fiquei mal por dois dias”.
Sem saber a quem recorrer na hora do desespero, Moura ligou para o Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e até para a Vigilância Sanitária. “Não veio ninguém. Fui pedir ajuda a um taxista, ele ligou novamente para todos e também não vieram. Aí ele me levou até a delegacia e, quando voltei, a égua já estava morta”.
Um veterinário esteve no local, mas não pôde mais ajudar, devido aos graves ferimentos. “Vi que não tinha mais solução, mas tentei”, conta o tutor.
O homem acredita que a presença de policiamento ostensivo mais constante na região poderia coibir este e outros crimes. “A gente fica sem saber o que fazer e a quem recorrer, e tem medo de que uma coisa dessas possa ocorrer de novo”.
Fonte: Gazeta do Sul