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Cuidados com os bichos nas viagens de férias

6 de janeiro de 2010
4 min. de leitura
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foto: Reprodução
foto: Reprodução

Permitir que o pet aproveite o tempo livre das crianças durante as férias escolares ou alojá-lo em um canil para que ele não corra riscos durante as viagens de janeiro? A decisão deve levar em conta o tipo e o tamanho do animal. E prepare-se: as duas opções demandam cuidados nos dias que antecedem a viagem.

O diretor do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani, explica que para transitar com cães e gatos pelo Brasil é obrigatório portar a carteira de vacinação atualizada do bicho, com destaque para a imunização antirrábica, além de um atestado sanitário, emitido por um veterinário que esteja credenciado no Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado de origem do animal.

O atestado vale por dez dias. Caso o passeio dure mais tempo, o proprietário deve procurar um veterinário no local que estiver visitando para obter uma nova autorização. “Este documento garante que o cão ou gato está livre de doenças contagiosas e que pode, portanto, circular”, completa.

Com exceção de cães e gatos, todas as espécies animais, tais como peixes, aves, roedores e tartarugas, necessitam do Guia de Trânsito Animal (GTA) para circular pelo País – documento emitido somente por veterinários credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Essas espécies devem ser transportadas somente em caso de mudanças ou viagens definitivas porque sofrem muito com as oscilações de temperatura e com a movimentação.”

Quem optar pelo transporte aéreo, deve agendar o embarque com o bicho com antecedência, pois as companhias têm dias predefinidos para eles e há um número limite de animais por voo. “Pets que pesam até 15 quilos podem ir na cabine de passageiros, com os tutores, em malas ou caixas próprias para a viagem”, esclarece Quinzani. Animais maiores devem ser levados no compartimento de bagagens, com coleiras de identificação, em caixas cujo tamanho é determinado pela companhia.

O veterinário recomenda um cuidado extra com a temperatura do ambiente aos transportar cães de focinho curto, que têm uma dificuldade natural para respirar – como aqueles das raças buldogue, pug , boxer e shi-tsu. Ele lembra que o controle da temperatura corporal dos cães se dá por meio da respiração. “É melhor dar preferência às horas mais frescas, ou viajar à noite. Manter o ar-condicionado em todo o trajeto também ajuda.”

Cinto de segurança, sim!

Para animais que viajarão de carro, a regra principal é nunca deixá-los soltos pelo veículo. “Se o bicho for muito grande é possível usar cintos de segurança desenvolvidos especialmente para cães. E eles devem ser levados sempre no banco traseiro”, explica a veterinária Verônica Meier, diretora da Clínica Zooland. Para portes menores, e principalmente para gatos, o mais seguro é usar uma caixa de transporte, que deve ter um tamanho suficiente para que o animal consiga ficar na posição normal ao se levantar.

Para evitar vômitos e desconfortos durante o trajeto, Verônica indica que o bicho fique de jejum nas seis horas que antecedem a viagem. Também é recomendado fazer paradas a cada duas horas para beber e, no caso dos cães, fazer pequenas caminhadas. De acordo com a reação do animal, o veterinário também poderá receitar um remédio para evitar as náuseas.

Tutores que preferem hospedar seus animais em canis devem tomar cuidados especiais com a alimentação e a higiene do bicho. “Não é recomendado trocar a ração sem acompanhamento. Essa troca deve ser feita de forma progressiva, por isso é importante levar a comida habitual do animal para o hotel onde ele ficará”, explica Verônica. Brinquedos, camas e cobertores com o cheiro da casa do bichinho também podem ajudar na adaptação.

Conhecer o ambiente que hospedará o pet é outra medida adequada para garantir seu bem-estar. “A giardíase, por exemplo, é uma doença intestinal causada pelo parasita Giardia lamblia, que vive em água e fezes contaminadas. Por isso, o ideal é dar água filtrada e ver se o local onde o bicho ficará é limpo e está de acordo com a orientação de um veterinário”, aconselha Verônica.

Dicas

Se ele fica:

CANIL: visite o local escolhido com antecedência e verifique se é limpo, se oferece riscos ao bicho.

COMIDA: mudanças bruscas podem provocar diarreia. Leve ao canil a ração habitual do pet.

PERTENCES: levar cama e brinquedos com o cheiro da casa do bicho ajuda na adaptação

Se ele vai:

ÔNIBUS: aceitam animais de pequeno porte, em caixas e com o dono, como bagagem de mão

AVIÃO: é preciso agendar, pois cada companhia tem um número máximo de pets por voo

CARRO: devem viajar em caixas ou com cintos específicos. Leve a carteira de vacinação atualizada

Fonte: BemParaná

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