Cada vez mais comum no mundo pet, o câncer já é um dos principais motivos de morte entre os animais domésticos nos dias de hoje – fazendo com que tanto o número de estudos como de especialistas no assunto cresça a passos largos. No entanto, mesmo de frente com um cenário onde os recursos e técnicas de tratamento são cada vez maiores para os animais que sofrem com esse mal; muitos tutores de bichinhos de estimação ainda sabem pouco sobre o trabalho dos oncologistas veterinários, e seguem encarando o diagnóstico de câncer como uma verdadeira sentença de morte para seus amigos de quatro patas.
Infelizmente, em função de o câncer em animais ser uma doença bastante imprevisível, não é possível determinar formas eficientes de prevenção; entretanto, já é sabido que a idade avançada (acima de dez anos) é um fator que aumenta os riscos do aparecimento da doença nos cães. No caso das cadelas, a não castração também pode acabar aumentando as chances de que a doença se desenvolva – embora não haja garantias de que as cachorrinhas fiquem afastadas do problema com a realização do procedimento.
Em função dessa falta de informação que ainda existe em relação às condições que favorecem o surgimento do câncer em animais, cada vez mais entidades focadas no tema aparecem em todo o mundo – e cada vez mais profissionais da veterinária buscam se capacitar na oncologia veterinária, a fim de começar a desvendar os muitos mistérios que envolvem o surgimento e o desenvolvimento dessa doença em animais.
O surgimento de nódulos aparentes é, sem dúvidas, o sintoma mais aparente da presença do câncer em cães e gatos; sendo que os principais tipos da doença em animais são os cânceres mamários, de ovário, de pele e os hematopoiéticos – que consistem na propagação da doença pelo sangue do bicho, provocando o desenvolvimento de leucemias e linfomas.
Embora não haja formas de prevenir o problema, consultar periodicamente um profissional veterinário é uma ótima forma de manter seu pet afastado de doenças como esta; já que, por meio de exames frequentes, é possível diagnosticar o problema de maneira precoce, e isso pode fazer toda a diferença nas chances de sobrevida do animal – pois, quanto antes for iniciado um tratamento, maior será a probabilidade de que o animal melhore ou se cure da doença.
Exames clínicos e de imagem (incluindo os de ressonância magnética e tomografia) são, geralmente, as mais eficientes maneiras de se chegar a um diagnóstico concreto da doença – e é por isso que é tão importante ter o costume de levar os pets para check-ups periódicos e ficar atento aos sinais que ele possa apresentar, encaminhando-o a um profissional quando houver algo fora do normal se apresentando no corpo ou no comportamento do pet.
Por Priscila Franco – Matéria validada pelo Dr. Fábio Toyota (CRMV – SP 10.687), Médico Veterinário formado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Unesp e responsável pelo setor de Oncologia Médica e Cirúrgica em Hospital Veterinário de São Paulo. Dr. Toyota é integrante da equipe de veterinários do portal CachorroGato.
Fonte: Terra