Há quase um mês, uma arara-vermelha se tornou visita frequente na casa de uma professora que mora na cidade de Pontes e Lacerda, em Mato Grosso. Diariamente, a ave silvestre aparece no local e espera para degustar frutas que recebe de presente.
Por não saber identificar o sexo do animal, a professora Rosilene Nascimento decidiu escolher dois nomes para a arara, um feminino e outro masculino. Quando a recebe em seu quintal, a chama pelos dois nomes: Lara e Loro.
Há algumas semanas, quando a arara apareceu pela primeira vez no local, tendo pousado em cima do muro, a irmã de Rosilene, Sônia Nascimento, buscou frutas dentro da casa para oferecer à ave. Desde então, ela tem retornado ao local para pedir mais alimento. “Eu acordei de manhã, abri a porta, estava fazendo os afazeres de casa e de repente ela apareceu no muro e dei comida à ela”, contou ao G1.
Como a ave não estranha a aproximação humana e é bastante dócil, Sônia chegou a suspeitar que ela fosse vítima do aprisionamento em cativeiro, do qual poderia ter fugido. “Ela é muito dócil, não sei se ela tem tutor porque já perguntei para os vizinhos e ninguém é o tutor e agora ela vem todos os dias”, disse.
A aparição da arara no local é tão frequente que até mesmo o cachorro e gato da família já se acostumaram com a ave e não estranham mais quando percebem que ela está em cima do muro.
Além de fazer visitas diárias à casa da professora, a arara-vermelha também sobrevoa o bairro onde Rosilene mora. “Ela anda por toda a vizinhança aqui no bairro. Ela aparece de manhã e algumas outras vezes no dia como 15h ou no fim da tarde”, especificou.
Possivelmente motivadas pelo comportamento da ave, outras araras também começaram a se aproximar da casa de Rosilene. Algumas apareceram em uma árvore situada nas proximidades da residência e outra, da espécie canindé, pousou no portão do imóvel.
No entanto, deparar-se com uma arara já é comum para os moradores de Pontes e Lacerda. De acordo com a professora, muitas araras vivem em liberdade no município. Parte delas pode ser encontrada em palmeiras situadas em frente à delegacia de polícia da cidade. Para protegê-las, os policiais construíram abrigos de madeira que foram acoplados às árvores.