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Veterinários atestam que macaco resgatado em São Carlos (SP) é fêmea

5 de agosto de 2013
3 min. de leitura
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Agora 'Carla', macaco-prego se adapta ao novo lar em Assis (Foto: Alan Schneider/G1)
Agora ‘Carla’, macaco-prego se adapta ao novo lar em Assis (Foto: Alan Schneider/G1)

Exames veterinários feitos no macaco conhecido como Chico, que viveu durante 37 anos com uma família de São Carlos (SP), comprovaram que na verdade o animal é uma fêmea. O macaco-prego foi retirado da casa onde vivia pela Polícia Ambiental no último sábado (3) após uma denúncia e levado para a Associação Protetora dos Animais (APA) de Assis (SP), que fica a 330 quilômetros de São Carlos.

No local, o macaco recebeu o nome de “Carla” após os exames que atestaram que se tratava de uma fêmea. O nome foi escolhido por causa da cidade onde macaco viveu 37 anos.

“Em todo este tempo, o animal nunca foi levado a um veterinário, o que demonstra que a família sabia que não era legal manter em cativeiro um macaco-prego, por isso por tanto tempo eles não souberam se era fêmea ou macho e colocaram o nome de ‘Chico’”, afirma o presidente da ONG Aguinaldo Marinho de Godoy.

Agora ‘Carla’, a fêmea, está se acostumando com o novo ambiente. O presidente da ONG explica que a macaca vivia em condições totalmente inadequadas para uma espécie silvestre. ‘Ela foi mantida presa com uma corrente de cerca de um metro, que não é o espaço recomendado, ela disso criou sequelas como machucados no pescoço e atrofiamento dos pés”, completa Marinho.

Ainda de acordo com os integrantes da ONG, o animal destruiu a ‘coleira’ quando ela foi retirada. “O que demonstra que ela não gostava de ficar presa. Ela está se adaptando muito bem no ambiente de recuperação que está, apesar das sequelas que ficou”, completa. Ainda de acordo com Marinho, dificilmente o macaco poderá ser devolvido à natureza por ter vivido tanto tempo em cativeiro. “Essa espécie vive cerca de 40 anos, então os anos que restam de vida do macaco não é suficiente para fazer a readaptação à natureza. Ele deve ficar aqui, conviver com outros animais da espécie e quem sabe ainda dá até para reproduzir.”

Apesar da situação alertada pela ONG, o animal apresentou resistência ao ser retirado da família de Elizete Farias Carmona, de 71 anos, que o tratava como filho. De acordo com informações da Polícia Ambiental de São Carlos, em março a aposentada recebeu uma licença provisória para continuar com o macaco até que fosse encontrado um lugar adequado para ele, o que aconteceu agora.

Ainda segundo a Polícia Ambiental, como a idosa não tem documentos que comprovem o direito de manter o macaco, não haveria como ficar com ele. A mulher chegou a passar mal quando o animal foi levado e foi encaminhada para o hospital após desmaiar. A situação comoveu várias entidades protetoras dos animais e dois abaixo-assinados foram divulgados na internet para trazer o anima de volta. As petições on-line já reúnem quase quatro mil assinaturas de pessoas que pedem a volta do macaco para “casa”.

Fonte: G1

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