Secretário gaúcho promete tirar carroças das ruas até 2014
14 de maio de 2010
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Os veículos de tração animal (carroças) e humana (carrinhos) já têm prazo para deixar definitivamente as ruas de Porto Alegre: o ano de 2014. Mais especificamente, antes do começo dos jogos da Copa do Mundo, previstos para ocorrer no mês de junho na capital gaúcha. A promessa é do secretário municipal de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, que nesta quinta-feira participou da reunião da Comissão Especial da Câmara de Vereadores que discute a implementação da lei das carroças.
A Lei 10.531, conhecida como lei das carroças, de autoria do vereador Sebastião Melo (PMDB) em vigor há um ano e meio, estabelece a redução gradativa das carroças e dos carrinhos na Capital. Em um prazo de oito anos, deverão ser retiradas todas as carroças das ruas da cidade. A estimativa é de que oito mil veículos do tipo circulem na Capital.
De acordo com Busatto, a prioridade do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, é resolver este problema. “Queremos definir o assunto antes do começo do Mundial de 2014”, destaca. Para o secretário, não fica bem uma cidade que vai receber turistas de todo o mundo ainda ter carroças circulando. “A ideia é mostrar uma Porto Alegre que não dependa mais de carroças e de carrinhos”, acrescenta.
O secretário apresentou três projetos para a colocação dos carroceiros e de suas famílias no mercado de trabalho. O município aposta na qualificação profissional da categoria para a construção civil. “Falta mão de obra e temos que incentivar o preenchimento das vagas”, comenta. “Vamos buscar recursos junto a organismos internacionais para a realização de projetos”, acrescenta.
Melo deseja o mesmo empenho da prefeitura para a obtenção de recursos, como ocorreu no caso da construção da Terceira Perimetral. O vereador reclamou da morosidade do Executivo em começar o cadastramento e o recolhimento das carroças.
Para Beto Moesch (PP), presidente da comissão, o problema das carroças não envolve somente a questão do trânsito na cidade, mas também aspectos como os maus-tratos aos animais, o trabalho infantil, a informalidade e o descarte de resíduos nas ruas.