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Relatório constata que 2016 teve as mais altas temperaturas já registradas

31 de agosto de 2017
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O calor foi o resultado do aquecimento global em longo prazo e do fenômeno climático El Niño, segundo o documento.

Efeitos das mudanças climáticas
Foto: Getty Images

A temperatura global da superfície e do mar, o nível do mar e as taxas de gases de efeito estufa alcançaram níveis recordes. O documento surge depois que o presidente Donald Trump anunciou planos de retirar os EUA do Acordo Climático de Paris de 2015.

Trump descreveu as mudanças climáticas como “um embuste”. O relatório internacional Estado do Clima em 2016 foi compilado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e baseia-se em contribuições de quase 500 cientistas de mais de 60 países.

Ele diz que 2016 superou 2015 como o ano mais quente em 137 anos de registro, segundo a BBC.

“O calor recorde do ano passado foi consequência da influência combinada do aquecimento global em longo prazo e de um forte El Niño no início do ano. Os principais indicadores das mudanças climáticas continuaram a refletir tendências consistentes com um planeta se aquecendo”, apontou o relatório.

Durante o El Niño, uma faixa de água oceânica bastante quente se desenvolve em partes do Pacífico. O fenômeno impacta o clima em todo o mundo, interferindo nos padrões climáticos.

O relatório disse que os níveis de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso – todos os principais gases de efeito estufa que conduzem o aquecimento global – aumentaram para novos patamares.

A concentração média anual global de CO2 atmosférico foi de 402,9 partes por milhão (ppm), o que ultrapassou as 400 ppm pela primeira vez nas medições atmosféricas e em registros de núcleos de gelo que datam de até 800 mil anos, explicou o NOAA.

“A mudança climática é uma das questões mais urgentes da humanidade e da vida na Terra”, acrescentou o órgão.

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