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NOVO HORIZONTE (SP)

Recompensa doada por tutora após cachorra ser encontrada, ajuda a pagar cirurgia de outra cadela resgatada: 'Compensou todo o sofrimento'

12 de fevereiro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Arquivo Pessoal

O desaparecimento da cachorrinha Torrada, em Novo Horizonte, interior de São Paulo, causou comoção na cidade, mas resultou em uma história com final feliz. Isso porque, o encontro dela, após quatro dias, garantiu a cirurgia na perna de outra cadelinha, a Cacau.

A história começa no dia 3 de fevereiro, quando Torrada fugiu de casa, localizada em frente à Igreja São Judas. Suas tutoras, Maria Rita, de 23 anos, e sua mãe Silvana Quirino, de 41, ficaram apavoradas e ofereceram uma recompensa inicial de R$ 1 mil pelo resgate. Depois de alguns dias, o valor subiu para R$ 2 mil.

“Faz oito anos que temos a Torrada. Enquanto eu estava trabalhando, minha mãe ficava procurando ela, entregando panfletos pela cidade e buscando notícias. Procuramos pela cidade toda, perguntávamos para todas as pessoas, vimos até uma câmera de segurança de um estabelecimento, mas não era ela. Ficamos desesperadas”, conta Maria Rita.

Quatro dias depois de Torrada sumir, Maria Rita recebeu a ligação tão esperada. Do outro lado da linha era a jovem Vitória Biasi de Toledo Piza, de 29 anos, bióloga e estudante de medicina veterinária.

“No dia eu estava saindo de casa para ir na fisioterapia e falei com Deus, pedindo para que elas pudessem encontrar logo, porque sei o aperto que é quando nossos animais estão perdidos. Você compartilha e não tem notícias. Bate o desespero”, diz Vitória.

“Estava compartilhado as informações e incentivando a Maria Rita a não desistir, porque eu já tive um caso bem parecido com ela em 2022. Foi quando eu virei a esquina de casa e vi a Torrada correndo no meio da rua. Era um basset. Na hora eu achei que fosse um macho, mas fui atrás e vi que era ela mesma”, relata Vitória.

A jovem, então, conseguiu cercar a cadelinha, que corria assustada. Assim que conseguiu resgatá-la, Vitória contou que não hesitou ao ligar para Maria Rita. “Liguei para a Maria Rita e ela pediu para ligar para a mãe dela. A Silvana veio e disse que a recompensa de R$ 2 mil era minha. Já na hora eu disse que não queria porque eu sabia o desespero que era aquela situação”, recorda Vitória.

    Foto: Arquivo Pessoal

Na emoção do reencontro entre Torrada e sua família, Vitória decidiu doar o dinheiro do resgate para Marco Antônio, 66 anos, cuidador de animais de rua e pet sitter, em Novo Horizonte.

O valor não poderia vir em melhor momento. Marco Antônio havia resgatado Cacau, uma cachorrinha SRD que com estava com a tíbia quebrada desde dezembro e precisava ser operada.

“Fiquei bastante emocionado. Muita gente estava atrás da Torrada pra poder pegar o dinheiro. E quando eu iria imaginar que fosse acontecer isso? Jamais. Quando a Maria Rita avisou que ela havia sido encontrada e que a Vitória estava doando o valor da recompensa me deu um nó na garganta. Fiquei contente, porque estava preocupado, não sabia como pagaria a cirurgia da Cacau. Naquele dia já tinha um outro cachorro sendo operado. Eu iria operar um segundo e nem tinha pago o primeiro. Foi maravilhoso”, conta Marco Antônio.

“Quando vi que o Marco Antônio postou que tinha pagado a cirurgia da Cacau eu fiquei tão feliz. Meu primeiro sentimento foi de gratidão de ter encontrado a Torrada e poder ter ajudado a Cacau por consequência. Agora eu só quero que ela se recupere logo para poder ser adotada por uma família que a ame muito. E espero de verdade que isso vá se realizar”, celebra Vitória.

“Ajudar essa cachorrinha foi o melhor de tudo. Depois dessa angustia que tivemos com a Torrada, no final, Deus ainda veio para ajudar que esse dinheiro fosse encaminhado para essa cachorrinha e pudesse ajudar o Marco Antônio com ela. E só de ajudar ela e a Torrada estar em casa já compensou todo o sofrimento que tivemos”, encerra Maria Rita.

Fonte: G1

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