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ESTUDO

Peixes têm mais medo de humanos do que de tubarões

14 de julho de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Um estudo da Universidade da Austrália Ocidental descobriu como os peixes da Ilha Lizard, na Austrália, reagiam a diferentes “ameaças”. E o resultado, publicado na Nature, foi inesperado. Os peixes demonstram mais medo de um ser humano do que um tubarão.

Entre as opções estavam um mergulhador, um modelo de tubarão-de-pontas-pretas em tamanho real, uma réplica de tartaruga, um cano de PVC e um retângulo transparente de acrílico.

Os pesquisadores usaram uma câmera de vídeo 3D subaquática com controle remoto para flagrar as reações dos peixes locais.

De acordo com o estudo, os animais passam rapidamente pelo mergulhador, tentando escapar na direção oposta ou se esconder sob uma placa de coral, fenda ou recanto. Isso porque, para eles, o mergulhador pode ser um tubarão ou outro predador.

Quanto à réplica de tubarão, cerca de 90% dos peixes tentaram fugir ou se esconder. Enquanto isso, 96% deles fizeram o mesmo com o mergulhador. Por outro lado, a tartaruga, o cano e o retângulo quase não provocaram reações.

Todos os peixes se comportam da mesma forma?

Tanto os peixes que servem como presa para peixes maiores quanto os mesopredadores (no meio da cadeia alimentar), reagem da mesma forma aos mergulhadores.

“Não é tão impressionante que os peixes tenham reagido, mas o fato de terem reagido igualmente”, diz a autora do estudo, Andrea Asúnsolo Rivera (via Hakai Magazine).

Fugir quase sempre é a primeira opções para os animais, que se comportaram dessa forma mais de 60% das vezes frente ao tubarão. Isso valeu também para cerca de 50% das interações com o mergulhador. Aliás, a fuga é a saída principal, sobretudo, para os mesopredadores, que aparentam ter dificuldade para achar esconderijos devido ao tamanho maior do corpo.

“Às vezes esquecemos que somos um predador e temos as características de um predador. Definitivamente vamos causar uma reação e vamos alterar o comportamento de uma presa”, diz Rivera, em comunicado. O pesquisador levanta a possibilidade de peixes em áreas repletas de mergulhadores terem comportamentos diferentes.

Fonte: GizModo

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