Apelidada de Safira, a onça que foi encontrada ferida às margens da rodovia MG-235 e passou por uma cirurgia em Uberaba, foi encaminhada nessa sexta-feira (23) ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETRAS) em Patos de Minas.
O animal tem aproximadamente dois anos e cerca de 20 quilos. Após ser resgatada, ela passou por um procedimento inovador em Uberaba que inseriu uma placa de material especial para acelerar a recuperação óssea.
Segundo os veterinários, com o sucesso da cirurgia, a onça foi levada para Patos de Minas porque precisa de um ambiente maior para reabilitação. O Cetras é referência no recebimento de animais resgatados pelas autoridades ambientais em situação de risco.
Relembre o caso
A onça-suçuarana ficou ferida após ser atropelada na rodovia MG-235, em Ibiá, no Alto Paranaíba, na noite de quarta-feira (14). O vídeo abaixo mostra o resgate do animal, que ficou acuado entre arbustos.
Onça é resgatada após ser atropelada em rodovia
Após o resgate, a onça foi levada ao Hospital Veterinário da Uniube (HVU) para avaliação e submetida a exames de imagem. O diagnóstico foi uma fratura significativa no osso da coxa da pata traseira esquerda, demandando uma intervenção imediata e altamente especializada.
O procedimento cirúrgico foi realizado por uma equipe composta por professores, médicos-veterinários e alunos do curso de Medicina Veterinária. Durante a cirurgia, foi necessário implantar uma placa ortopédica, acompanhada de um pino e sete parafusos.
Além disso, o Biovidro 60S, um material inovador na prática veterinária, foi utilizado pela primeira vez em onças-pardas, com o propósito de acelerar a reconstituição do tecido ósseo.
“Este biomaterial é especialmente valorizado por suas propriedades de estimulação da regeneração óssea, representando um marco no tratamento de fraturas em espécies ameaçadas, demonstrando potencial para melhorar significativamente os resultados de recuperação. A escolha deste tratamento reflete o compromisso do Hospital Veterinário da Uniube com a adoção de tecnologias de ponta e práticas inovadoras no cuidado de animais silvestres”, explicou o gerente clínico do HVU, professor Cláudio Yudi.
Fonte: G1