Apenas 9% das espécies de mamíferos são monogâmicas, enquanto mais de 90% dos pássaros exibem o comportamento. Entre primatas, grupo de mamíferos em que o índice é maior (29% nos humanos, macacos e lêmures), o longo período de lactação causado pela dependência para alimentação seria uma das razões para a formação de pares fieis. Uma outra teoria aponta que a monogamia entre macacos teria surgido para prevenir o infanticídio.
Ordens de mamíferos com mais espécies monogâmicas
MACROSCELIDEA – Musaranhos-elefantes (pequenos mamíferos insetívoros de focinho comprido) 93%
PRIMATES – Humanos, macacos e lêmures (parentes um pouco mais distantes dos macacos) 29%
CARNIVORA – Grupo amplo que reúne ursos, felinos, cães, focas e outros animais 16%
DIPROTODONTIA – Cangurus, coalase outros marsupiais da mesma família 13%
RODENTIA – Grupo de roedores que inclui ratos, camundongos, esquilos e capivaras 6%
CHIROPTERA – Morcegos de todos os tipos 6%
ARTIODACTYLA – Mamíferos ungulados (com casco) do ramo dos bois, cabras, camelos e o porcos 3%
LAGOMORPHA – Coelhos, lebres e pikas (pequenos mamiferos sem cauda de orelha redonda) 1%
SORICOMORPHA – Grupo dos musaranhos comuns e das toupeiras 0%
As duas principais teorias sobre a origem do comportamento monogâmico
A – Em algumas espécies de mamíferos, os indivíduos são relativamente solitários, e as fêmeas se distribuem muito distantes umas das outras. Se um macho abandona uma fêmea prenha para buscar outra, corre o risco de não conseguir outra e deixar a atual vulnerável a outros machos.
B – Em certos grupos, sobretudo em primatas, o infanticídio surgiu como estratégia de acasalamento. Ao matar a prole de um rival, um macho antecipa o próximo cio da fêmea e pode tomá-la para si. Um macho que fica junto de fêmea após os filhotes nascerem pode evitar isso.
Fonte: Blog Ciência e Meio Ambiente