Ontem, (31/5), a cadela Marvel teve a vida salva pela Justiça do Distrito Federal. A cachorrinha estava na fila do Centro de Zoonoses, na Asa Norte, para ter a morte induzida quando uma decisão judicial deu esperança ao animal.
A ação que libertou Marvel foi movida pelo Projeto Adoção São Francisco, representado pela advogada Ana Paula Vasconcelos, especialista em direito animal. A cadelinha foi entregue à Zoonoses como portadora de leishmaniose. Mas, de acordo com a advogada, a cadela é totalmente assintomática e tem grandes chances de êxito no tratamento. “A morte induzida nunca pode ser a primeira opção”, diz a defensora.
“A apresentação dos exames para as adotantes foi muito confusa e pouco transparente, vamos aguardar a junção dos exames no processo judicial para melhor análise”, disse Ana.
A defensora afirma que não houve uma contraprova apresentada pelo centro. Segundo ela, a partir de agora, todos os exames serão repetidos em Marvel o quanto antes e, mesmo que ela esteja de fato com leishmaniose, a doença é tratável.
A Justiça determinou que a cadela seja entregue a uma guardiã, que terá a obrigação não só de se responsabilizar por ela, como também evitar que a doença, caso Marvel esteja mesmo com leishmaniose, seja propagada.
“Como contracautela, encaminho à tutora a obrigação de não apenas empreender as ações voltadas ao tratamento do animal, mas sobretudo de prevenção contra a proliferação da moléstia, resguardando o animal de condições que possam propiciar a propagação dos elementos patógenos respectivos, apontou a Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, órgão julgador do caso”, cita na decisão o juiz Carlos Frederico Maroja.
Fonte: Metrópoles