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ESTUDO

Crianças que vivem com cães são menos propensas à doença de Crohn

30 de maio de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Um novo estudo revelou que além de todo o amor e carinho que seu filho pode receber de um cãozinho, ter o animal em casa também pode ser bom para o intestino. Pesquisadores da Universidade de Toronto descobriram que crianças pequenas que crescem com um cão têm intestinos mais saudáveis ​​e são menos propensas a desenvolver a doença de Crohn – uma doença inflamatória intestinal.

“Nosso estudo parece se somar a outros que exploraram a ‘hipótese da higiene’, que sugere que a falta de exposição a micróbios no início da vida pode levar à falta de regulação imunológica em relação a micróbios ambientais”, disse Williams Turpin, autor sênior do estudo.

A doença de Crohn é uma condição de longo prazo, sem cura, que causa inflamação do revestimento do sistema digestivo, podendo levar a dor abdominal, diarreia, perda de peso, anemia e fadiga. Ela ocorre mais comumente na última seção do intestino delgado ou grosso, mas pode afetar qualquer parte do sistema digestivo. “Viver com a doença de Crohn pode ser difícil, às vezes”, disse o NHS. “Podendo atrapalhar o rendimento escolar, o trabalho e vida social”, continuou.

Animal doméstico e crianças

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores estudaram dados de quase 4,3 mil parentes de primeiro grau de pessoas com doença de Crohn. Eles avaliaram vários fatores, incluindo o tamanho da família, a presença de cães ou gatos como animais domésticos, o número de banheiros na casa, morar em uma fazenda, beber leite não pasteurizado e beber água de poço. A análise revelou que a exposição a cães – particularmente de 5 a 15 anos – estava ligada à permeabilidade intestinal saudável e ao equilíbrio entre os micróbios do intestino e o sistema imunológico do corpo.

Esses fatores podem ajudar a proteger contra a doença de Crohn, de acordo com os pesquisadores. “Nós não vimos os mesmos resultados com gatos, embora ainda estejamos tentando determinar o porquê”, disse Turpin. “Pode ser porque os tutores de cães saem com mais frequência com seus animais domésticos ou vivem em áreas com mais espaço verde, o que já demonstrou proteger contra a doença de Crohn”, completou.

As pessoas que viviam com mais de três membros da família no primeiro ano de vida também apresentaram menor risco de doença de Crohn. Os pesquisadores sugerem que isso também pode aumentar a composição do microbioma – que acredita-se desempenhar um papel em várias condições de saúde, incluindo doença inflamatória intestinal, câncer colorretal, diabetes e pressão alta.

Embora os pesquisadores esperem que os resultados possam ajudar os médicos a determinar pacientes com alto risco para a doença, eles alertam que mais pesquisas são necessárias para verificar os resultados. As razões pelas quais a propriedade de cães e famílias maiores parecem fornecer proteção contra a doença de Crohn “permanecem obscuras”, acrescentaram os pesquisadores.

Fonte: Revista Crescer

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