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EXAUSTÃO

Mudanças climáticas: ave migra do Alasca à Nova Zelândia sem descanso e perde metade do peso corporal

18 de novembro de 2022
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Foto: Radovan Václav/Flickr/Reprodução

Um pássaro da espécie Limosa lapponica acaba de se consagrar como o Forrest Gump dos ares. O animal, também conhecido como fuselo ou chalreta, bateu o recorde mundial de voo ininterrupto para aves migratórias após viajar sem pausas por 13.560 quilômetros.

O fuselo foi marcado com um chip de rastreamento no início de sua vida e é reconhecido pelo código 234.684. Agora, aos cinco meses de idade, os pesquisadores conseguiram acompanhar sua primeira migração anual pelo Oceano Pacífico.

A ave deixou o Alasca – onde ocorre a nidificação da espécie – no dia 13 de outubro. Então, voou sem pausas para comer ou descansar durante 11 dias, até chegar no estado australiano da Tasmânia.

O recorde anterior pertencia a outro fuselo que, no ano passado, voou direto do Alasca até a Nova Zelândia, completando uma viagem de 13.050 km. Essa, no entanto, não é a marca registrada no Guinness World Records.

O livro dos recordes traz apenas a marca alcançada em 2020 por esse mesmo pássaro. Na época, o fuselo identificado como 4BBRW voou também do Alasca até a Nova Zelândia, mas pegou uma rota mais curta, reduzindo a distância para 12.854 km.

Muitas aves planam durante suas viagens, mas esse não é o caso do fuselo. O animal é ativo e bate suas asas durante toda a jornada. Não à toa, o pássaro perde metade de seu peso corporal durante a migração.

A equipe envolvida na descoberta não soube dizer se o animal a bater o último recorde estava sozinho ou em bando. A falta de aves marcadas prejudica o estudo dos pesquisadores, que encontram dificuldades em definir o feito como algo inédito ou banal para a espécie.

Fonte: Galileu

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