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Morte do leão Ariel entra nos tópicos mais citados do Twitter e movimenta página do Facebook

27 de julho de 2011
4 min. de leitura
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Na foto, Ariel ao lado de Raquel Borges, em Maringá (PR); em 2010, o leão Ariel ficou doente, perdeu o movimento das patas traseiras e, desde então, passava o tempo deitado. (Foto: Reprodução)

Orações, palavras de agradecimento pelo “exemplo” de luta pela vida e de enaltecimento da “capacidade do ser humano em amar”, além de muitos desejos de força à “família”.

Esses foram alguns dos milhares de tópicos abordados no Twitter e no Facebook relacionados à morte do leão Ariel, ocorrida na tarde desta quarta-feira (27) em São Paulo.

O animal ficou conhecido no país devido à luta de seus criadores para que ele voltasse a se movimentar.

O assunto chegou ao ranking dos mais citados do Twitter, com a hashtag “Leão Ariel”, usada pelos usuários em mensagens que misturavam incredulidade, tristeza e conforto às pessoas que cuidaram do animal.

Em uma das postagens, uma internauta escreveu: “Me abalei mais com a morte do leão Ariel do que com a da [cantora inglesa] Amy [Winehouse, morta sábado passado]”.

Em um perfil que coleta “notícias de direitos animais”, um lamento: “Triste destino do leão Ariel. Nasceu em cativeiro, viveu confinado os poucos e sofridos anos. Nunca soube o que era ser um leão de verdade”.

No Facebook, a página “Ajuda ao leão Ariel” –com pouco mais de 61 mil seguidores até esta tarde –foi o espaço onde os paranaenses que cuidavam do leão usaram para postar a “nota de falecimento”, às 14h35.

“Nota de falecimento! Queridos amigos… nosso querido Ariel faleceu hoje às 1h30. Mas meus queridos, ele estará para sempre em nossos corações. A todos meu carinho e respeito pelas vossas dores”, diz o comentário.

Em seguida, mensagens consternadas pela morte do animal começaram a se multiplicar no perfil –que, até instantes antes da morte de Ariel, ainda recebia candidatos a doar dinheiro ao tratamento do leão.

“Ele veio pra provar que existe esperança por nós mesmos, seres humanos. Somos capazes de amar”, destacou uma internauta.

Em outra mensagem, um jovem sugeriu: “Vamos decretar luto oficial de 3 dias pela morte de um guerreiro Rei da selva ! :(”.

Entre expressões como “gatão”, “lindão”, “guerreiro”, “embaixador na união mundial” e outro termo, Ariel também tem destino certo, na opinião dos internautas: “Oww lindão, vai brilhar lá com todos os outros anjinhos, vai correr lá no céu dos animais e brincar com seus amiguinhos!!”, seguida de outra mensagem, na mesma linha: “Uma vez ouvi que existe céu dos cachorros….deve existir céu do leões…e ele já deve ter achado o lugarzinho dele e tá pulando, pulando, como ele fazia aqui….#lágrimasnosolhosenoco?ração#”. Para outro usuário, “ele está ao lado de São Francisco”.
A saga

Ariel, que ficou conhecido no país devido à luta de seus criadores para que ele voltasse a se movimentar, morreu por volta de 13h30 de hoje. O animal vivia em Maringá (PR) e estava em tratamento em São Paulo, mas não resistiu.

Impedido de andar devido a uma doença degenerativa, Ariel estava com dificuldades para se alimentar e respirar. O animal foi submetido a um tratamento inédito para tentar restaurar os movimentos das patas.

O leão tinha três anos de idade e apresentou os primeiros problemas de locomoção em julho do ano passado. Ele não conseguia ficar de pé e precisava de ajuda para se movimentar e ser tratado.

Ele foi então transferido para São Paulo neste mês para passar por um tratamento inédito, nunca feito em animais, conhecido como plasmaférese –que consiste na remoção das células sanguíneas que causam a degeneração dos movimentos. Ele estava recebendo doações de plasma sanguíneo de outros leões.

Mais cedo, em nota oficial, a veterinária especializada em fisioterapia animal Livia Pereira havia informado que o leão tinha passado por um exame de raio-X para saber se a dificuldade respiratória poderia estar sendo causada por uma pneumonia.

Mas Pereira declarou que seus pulmões não apresentavam esse problema. O leão também passou a ter convulsões e medicamentos foram aplicados para que o animal não voltasse a sofrê-las.

Fonte: UOL

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