Seu abdômen é esmagado e a dor é excruciante. Ele luta para se libertar, mas é inútil. O dispositivo é muito forte e ele perde sua força a cada momento que passa.
Dez minutos depois, o castor tenta chegar à superfície da água, desesperado para respirar. Após 20 minutos de luta e agonia, ele se afoga. Algum tempo depois, o caçador retorna para verificar suas armadilhas e encontra sua vítima morta na água, ainda aprisionada no dispositivo brutal.
Esta cena terrível ocorre regularmente em todos os Estados Unidos. Os caçadores colocam armadilhas aonde quer que os animais vivam: na terra, na água e até mesmo nas árvores. Na realidade, cerca de três a cinco milhões de animais são capturados anualmente dessa forma por caçadores em busca de suas peles e esse número não inclui o número de animais mortos sob o pretexto de “gerenciar a vida selvagem”.
Esses animais suportam uma dor e um medo inimagináveis. Eles são mortos por suas peles, usadas pela indústria da moda e em nome da vaidade. Às vezes, as mortes ocorrem apenas por “diversão”, revela a reportagem do Alternet.
Ao contrário do que alegam os defensores da prática, a maioria dos animais não morre instantaneamente ao ser capturada, mas sim de forma lenta – por afogamento, predação, exposição, choque, ferimentos ou perda de sangue – algumas vezes depois de sofrer durante dias. Existem até casos de animais que tentam mastigar os próprios membros em uma tentativa desesperada para se libertarem.
As espécies que são alvos de caçadores não são as únicas que sofrem. As armadilhas frequentemente capturam outros animais como cães e gatos domésticos acidentalmente, além de animais em extinção e até mesmo crianças. Calcula-se que, para cada animal alvo que é capturado, dois outros animais são presos acidentalmente.
Infelizmente, o uso dos dispositivos cruéis é permitido em mais da metade dos refúgios de animais selvagens dos EUA. Isso equivale a mais da metade dos 565 refúgios em mais de 850 milhões de acres de terra e água que são propriedades federais.
Trata-se da área mais abrangente e diversificada de habitats para animais selvagens no mundo, onde mais de 380 espécies ameaçadas de extinção residem. Esses “santuários” são financiados com o dinheiro dos contribuintes. Todos participam involuntariamente de um sistema que autoriza as armadilhas brutais.
