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CATIVEIRO

Zoológico de Belo Horizonte (MG) registra 70 mortes de animais no intervalo de um ano e sete meses

26 de julho de 2022
2 min. de leitura
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A zebra Mila tinha 19 anos — Foto: Suziane Fonseca/Divulgação

A morte da zebra Mila reacendeu um alerta no zoológico de Belo Horizonte (MG). O animal, de 19 anos, não resistiu a um quadro agudo de cólica intestinal no último domingo (24). De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica da capital mineira, em 1 ano e 7 meses, 70 animais que estavam no zoológico morreram.

O levantamento foi feito de janeiro de 2021 a julho de 2022. Anteriormente, a Fundação de Parques havia informado que os dados correspondiam ao período de 2020 a 2021, sem especificar os meses. A informação foi corrigida nesta terça-feira (26) pela assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte.

Segundo a prefeitura, o número maior de mortes inclui as aves, que tem uma longevidade menor do que as demais espécies. O município também atribui ao fato de custodiar animais idosos que vieram de apreensões anteriores a 2021, que já chegam ao parque debilitados, sem condições de sobreviver.

O elefante Beré tinha 46 anos e morreu de infecção generalizada — Foto: Suziane Fonseca/PBH

No dia 14 de outubro de 2021, a elefante Beré morreu com uma infecção generalizada, aos 46 anos. Ela esteve em tratamento veterinário durante três meses, apresentando quadros uterinos e pulmonares. O animal chegou à BH quando tinha 2 anos, trazida da África.

Cinco dias depois, o zoológico divulgou a morte da onça-pintada Pytu. O felino apresentava respiração ofegante, cansaço e dor aparente. Na ocasião, a suspeita da morte tinha sido atribuída a uma pneumonia aguda.

A onça-pintada Pytu no Zoo de BH — Foto: Humberto Mello/PBH

No dia 20 de outubro de 2021, um lagarto-monitor também morreu. A fêmea estava com 24 anos, idade além da expectativa de vida na natureza, que costuma ser de 20 anos. O réptil já apresentava degenerações esqueléticas.

Já no dia 26 de dezembro do mesmo ano, foi a vez do filhote de apenas três meses dos gorilas Imbi e Leon. Ele teve quedas sucessivas de altura, enquanto brincava com os irmãos. A suspeita é de que ele teve traumatismo craniano.

Nota da ANDA: Estes animais deveriam estar em seus habitats naturais, vivendo conforme sua natureza. Manter animais enjaulados é crueldade. Animais aprisionados podem desenvolver neuroses e outras doenças ligadas a estresse e danos psicológicos. Zoológicos, aquários e outros parques de atrações que envolvem animais muitas vezes mantêm espécies de outras regiões em ambientes inadequados às necessidades do animal, vivendo em climas dos quais não conseguem se adaptar e levando uma vida de sofrimento ou morrendo precocemente.

Não compactue com a crueldade animal.

 

Fonte: G1

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