Porém, os Everglades (que existem há mais de cinco mil anos) estão entrando em colapso porque devido ao aumento do nível do mar, à poluição industrial, a técnicas de manejo mal realizadas, às partes secas da zona úmida e à intensificação das mudanças climáticas.
O número de patrimônios mundiais – lugares com grande beleza natural e biodiversidade – ameaçados pelas mudanças climáticas quase dobrou nos últimos três anos, passando de 35 em 2014 para 62 em 2017, informa a União Internacional para a Conservação da Natureza e de Recursos Naturais.
As ameaças a esses locais envolvem explorações madeireiras, incêndios, turismo, expansão urbana, poluição da água e inúmeras outras. Mas a que possui o maior potencial para causar danos é a mudança climática, diz o relatório.
“A proteção dos locais de Patrimônio Mundial é uma responsabilidade internacional dos mesmos governos que assinaram o acordo de Paris. Este relatório da UICN envia uma mensagem clara: a mudança climática atua rapidamente e não tem poupado os melhores tesouros de nosso planeta”, disse Inger Andersen, diretora-geral da UICN, em um comunicado para a imprensa.
O relatório foi divulgado na terceira rodada de negociações internacionais do Acordo Climático de Paris, realizada em Bonn, na Alemanha.
Os locais de Patrimônio Mundial são uma designação criada pela UNESCO. De mais de 220 mil locais potenciais, apenas 221 receberam a distinção especial, informa o Ecowatch.
Entre eles, 64% possui uma perspectiva de proteção positiva, de acordo com o relatório da UICN. Eles incluem muitos lugares que se recuperaram do estado de extinção, incluindo o Serengeti National Park, na Tanzânia, e o Ujung Kulon National Park, na Indonésia.
Alguns locais, como o Complexo Florestal Dong Phayayen-Khao Yai da Tailândia, foram beneficiados com acordos internacionais que visam impedir a exploração madeireira ilegal e aumentar os esforços de proteção.