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L'Oréal aprova testes cosméticos em pele humana impressa em 3D

21 de maio de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Infelizmente, ainda existem diversas fabricantes de cosméticos que fazem testes em animais. A companhia francesa L’Oréal deixou essa prática de lado em 2013 e, agora, precisa de pele humana para testar a toxicidade e a eficácia dos seus produtos. Para isso, a empresa anunciou uma parceria com a startup de bioimpressão Organovo para descobrir como imprimir pele viva em 3D.
Esta não é a primeira vez que a L’Oréal tenta criar pele humana. Na década de 1980, já na tentativa de evitar testes em animais, a empresa começou a cultivar tecidos humanos. Um laboratório localizado na cidade de Lyon, na França, trabalha exclusivamente na produção e análise de derme com a ajuda de 60 cientistas. Por ano, cerca de 100 mil amostras de pele são cultivadas. A quantidade é equivalente a quase cinco metros quadrados de pele por ano ou ao couro de uma vaca. Cada uma das amostras tem 0,5 centímetro quadrado.
O vice-presidente global da incubadora de tecnologia da L’Oréal, Guive Balooch, diz que eles são a primeira empresa de estética a trabalhar com a Organovo. No método atual de produção, as amostras de derme são cultivadas a partir de tecidos que são doados por pacientes de cirurgias plásticas da França. Esses pedaços de pele são cortados em pequenos pedaços e reduzidos ao tamanho de células.
Estas células são colocadas em uma bandeja e alimentadas de acordo com uma dieta patenteada e exclusiva, além de serem expostas a sinais biológicos parecidos com pele verdadeira. Balooch diz que foi criado um ambiente o mais parecido possível com um corpo humano. “Em aproximadamente uma semana, as amostras se formam porque a pele tem diferentes camadas e é necessário cultivá-las de modo sucessivo”. Metade da pele produzida pela L’Oreál é usada e o restante é vendido para empresas concorrentes e farmacêuticas.
A Organovo, que tem sede em San Diego, na Califórnia, deve ajudar a acelerar a produção de tecido para os próximos cinco anos. A L’Oréal irá contribuir com conhecimentos sobre pele, além de auxiliar com todo o financiamento inicial.
A empresa francesa ainda terá direitos exclusivos sobre o material impresso em 3D para uso em produtos destinados ao cuidado com a pele. Já a Organovo terá direitos para testar a eficácia de remédios prescritos, fazer testes de toxicidade e o desenvolvimento, além de testes de tecidos terapêuticos ou transplantados por cirurgia.
Fonte: Canal Tech

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