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Justiça decide que galo vítima da intolerância do vizinho continuará sob os cuidados do tutor, no RJ

26 de outubro de 2010
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O galo Natal permanecerá em Copacabana, no RJ. Esta foi a decisão do 4o. Juizado Especial Criminal (Leblon), em audiência nesta terça-feira (26).

Conforme publicado na ANDA (leia aqui), o animal foi alvo de uma denúncia de um vizinho, que reclamava do barulho à noite. O conciliador da causa propôs que o tutor do animal, o caseiro Elson Brasiliense, construísse um galinheiro em 40 dias, para que o bicho fique preso das 22h às 6h.

Foto: Reprodução/Extra Online

Feliz por conseguir manter o amigo dentro de casa, Elson já vai começar a colocar a mão na massa.

– Eu mesmo vou construir o galinheiro. Não estou muito contente em deixar o galo preso, mas pelo menos ele fica – diz o caseiro.

O advogado do galo, Leandro Nunes, chegou a preparar uma defesa, baseado na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da Unesco.

– “Cada animal tem direito ao respeito” seria um dos meus argumentos. Mas chegamos a uma conciliação pacífica – explica.

A vizinhança é só festa. O caseiro, com o galo no colo, foi recebido com louvores. Autor de um abaixo-assinado com 150 nomes pela permanência do animal, o comerciante Umberto Silva promete um bloco para o próximo carnaval, o “Galo da Santa Clara”.

– Já estou fazendo uma música. Vamos escolher a Rainha do Galo e a Galinha de Bateria – conta o vizinho amigo.

Fonte: Extra Online

Nota da Redação: Limitar a circulação do animal ainda é uma agressão aos seus direitos fundamentais. O mais justo e correto seria que o vizinho, com sua intolerância, comprasse um fone de ouvido ou isolasse seus aposentos com paredes protegidas contra a propagação de sons indesejados. Desta forma, este indivíduo (o vizinho) não interferiria nem perturbaria o bem-estar de outros seres, que apenas querem viver livres e em paz.

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