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JBS se compromete a abandonar o confinamento de porcas reprodutoras em gaiolas de gestação

8 de junho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A JBS, dona da Seara, maior processadora mundial de carnes e segunda maior processadora de carne suína do Brasil, anunciou hoje em seu relatório de sustentabilidade planos para descontinuar o uso contínuo de gaiolas de gestação de todas as suas granjas próprias.
A nova política da empresa de eliminar uma das formas mais abusivas de confinamento animal em unidades próprias foi elogiada pela Humane Society International (HSI), uma das maiores ONGs globais de proteção animal. De acordo com a JBS, a transição deve ser completada até 2016. A empresa também afirmou que unidades novas adotarão o sistema de gestação coletiva e que fornecedores contratados receberão apoio para migrar para a gestação coletiva.
“Nós comemoramos o anúncio da JBS e parabenizamos a empresa pelo fato dela estar unindo-se a diversas outras grandes empresas e governos que estão se afastando dessa forma cruel de confinamento” – disse Carolina Galvani, gerente sênior de campanhas de animais de produção da HSI no Brasil. “Nós instamos a empresa a também estender essa política a seus fornecedores contratados em breve.”
Porcos são animais bastante inteligentes, ativos e sociáveis. No entanto, no Brasil a maioria das porcas reprodutoras – usadas para produzir leitões de engorda na indústria suína – passam praticamente suas vidas inteiras confinadas em gaiolas de gestação. Essas gaiolas têm praticamente o mesmo tamanho dos corpos dos animais, e por isso não permitem que as porcas sequer se virem dentro delas ou dêem mais do que um passo para frente ou para trás. Porcas confinadas em gaiolas são mais propensas a vivenciar tédio, frustração e distúrbios psicológicos. Esse tipo de confinamento também resulta em uma maior probabilidade de desenvolver diversos problemas de saúde, como infecções urinárias e manqueiras.
Nota da Redação: o fim do uso das gaiolas de gestação – que são usadas por toda a indústria, não apenas pela JBS em específico – é um avanço para os animais, visto que será uma forma de sofrimento a menos que a eles será imposta. Mas é importante entender que essa mudança não faz com que o consumo de animais seja válido, já que o local dessas porcas não é nas gaiolas de gestação, mas também não é em qualquer outro lugar dentro da indústria – elas devem viver livres, sem serem usadas, exploradas e mortas para servir ao homem.
Fonte: Suinocultura

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