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CHAMAS INTENSAS

Incêndios que devastam a Itália têm origem ligada a pecuaristas

10 de agosto de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

A Itália já registrou mais de 800 incêndios florestais apenas este ano. As regiões de Sardenha e Sicília já declararam estado de emergência. Os prejuízos materiais já somam milhões de dólares e os danos imateriais, como a destruição a natureza e a morte de milhares de animais, alcançaram uma devastação profunda e, talvez, irrecuperável. Uma investigação pontua que pelo menos metade dos incêndios têm origem criminosa e relação estreita com fazendeiros e pecuaristas.

Na última semana, um criador de ovelhas foi preso após uma câmera de segurança flagrá-lo ateando fogo em uma região de mata próximo a Montesarchio, a 48 quilômetros de Nápoles, no sul da Itália. Autoridades locais dizem que o fazendeiro provavelmente queria renovar sua pastagem queimando-a. Na semana passada, Roberto Cingolani, ministro da Transição Ecológica, disse ao parlamento que 57,4% dos incêndios florestais recentes na Itália têm origem criminosa e 13,7% são resultado de ação humana não intencional.

As altas temperaturas e o clima seco favorecem a rápida proliferação das chamas. Especialistas indicam que as mudanças climáticas são as principais responsáveis pela elevação da temperatura do planeta que propicia o aumento de incêndios. A maioria dos incêndios florestais ocorreu nas regiões do sul da Lazio, Campânia, Puglia, Calábria, Basilicata e Sicília. Focos também foram identificados na Toscana, Umbria, Abruzzo e Pescara.

Além de incêndios criminosos relacionados à pecuária, uma outra linha de investigação avalia a construção de usinas de energia solar e o interesse de grandes latifundiários pela desvalorização de terras. Na próxima semana, a Itália registrará a semana mais quente do ano, com temperaturas acima de 50ºC, que prejudicará o combate às chamas e poderá dar ainda mais força aos incêndios que ainda não foram completamente mitigados.

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