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ESTUDO

Dieta vegetariana estrita pode significar economia financeira

20 de novembro de 2021
Andrine Perrone | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Vegano Periférico

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford publicada na quinta-feira (11) concluiu que uma dieta vegetariana estrita pode significar até um terço ou menos em gastos com alimentação se comparado à dieta convencional. Em muitos países, a substituição de alimentos de origem animal por vegetal, pode significar economia financeira.

De acordo com o estudo, ser vegano pode ser bem mais barato principalmente em países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Europa Ocidental. Com base nos preços dos alimentos do Programa de Comparação Internacional do Banco Mundial, a pesquisa comparou o custo com a alimentação em 150 países.

Marco Springmann, pesquisador do Programa Oxford Martin sobre o Futuro da Alimentação, afirma ser possível economizar com uma alimentação vegana mais do que a convencional, desde que as pessoas priorizem os alimentos que realmente importam.

“Quando cientistas como eu defendem uma alimentação saudável e ecológica, costuma-se dizer que estamos em nossas torres de marfim promovendo algo financeiramente fora do alcance da maioria das pessoas. Esse estudo mostra que é exatamente o oposto. Essas dietas podem ser melhores para o seu saldo bancário, bem como para a sua saúde e para o planeta”, comenta Marco.

Uma dieta baseada em vegetais mais acessível

Miguel Barclay, autor de best-sellers de receitas “One Pound Meals”, conta que não se surpreendeu com o resultado. “Definitivamente, concordo que deixar de consumir carne proporciona economia. Sem dúvida, as refeições veganas têm um custo mais baixo do que aquelas com carne”, comentou.

Para o pesquisador, é possível projetar um cenário para que nos próximos dez anos com dietas à base de vegetais que sejam mais saudáveis e sustentáveis, além de serem acessíveis em todos os lugares. O estudo comparou alimentos integrais mas não incluiu alternativas à carne altamente processada ou consumo em restaurantes.

“Ter uma dieta saudável e sustentável é possível em qualquer lugar, mas requer vontade política. Qualquer um dos padrões alimentares saudáveis e sustentáveis que examinamos é uma opção melhor para a saúde, o meio ambiente e financeiramente, mas o apoio ao desenvolvimento e as políticas alimentares progressivas são necessários para torná-los acessíveis e desejáveis em todos os lugares”, explica.

 

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