As autoridades florestais da Guiné-Bissau registaram a entrada, e permanência nas florestas nacionais, de animais selvagens de grande porte.
A presença dos animais foi verificada, concretamente, na povoação de Labé, Sector de Quebo, região de Tombali, junto à linha fronteira com a vizinha República da Guiné-Conacri.
O motivo de regresso destes animais ao território nacional, poderá estar relacionado com as consequências da devastação de uma boa parte da floresta Guiné-Conacri, o que leva agora as espécies afetadas a sair em busca de refúgios nas matas da zona sul da Guiné-Bissau.
De acordo com o Diretor-geral da Floresta e Fauna da Guiné-Bissau, Malam Cassamá, que falou em exclusivo à PNN (Portuguese News Network), há vários anos que não se registava a presença destes animais em grande quantidade no território nacional, motivo pelo qual, o Governo decidiu evacuar a população na zona de Labé, considerada um corredor de animais selvagens entre os dois países, isto para facilitar entrada e saída de, sobretudo, elefantes que, por sinal, disse Malam Cassamá, poderão ser perigosos.
O Diretor-geral da Floresta e Fauna apelou, por outro lado, à sensibilidade da população, para a gestão dos recursos florestais. A este respeito, anunciou que, doravante, está proibida a caça a animais selvagens em perigo de extinção, como é o caso de primatas, búfalos e hipopótamos.
Outra medida anunciada pelo Governo tem a ver com a proibição de exportação de madeira em toros. Conforme disse ainda Malam Cassamá, a interdição visa estancar a forma abusiva como a floresta vem sendo devastada nos últimos tempos na Guiné-Bissau pelos operadores econômicos do sector madeireiro guineense.
Fonte: Jornal Digital