“O nosso objetivo é um país neutro em carbono com capacidade de adaptação. A estratégia de neutralidade de carbono (até 2050) tem nove grandes compromissos”, comunicou Carlos Eduardo Correa, ministro do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, em entrevista coletiva na quinta-feira (7).
Os compromissos, de acordo com o ministro, estão relacionados com a aplicação em maior grau dos conhecimentos climáticos; gestão integrada da biodiversidade; produção e consumo sustentáveis; transição justa da mão de obra; desenvolvimento rural, marinho e costeiro; e cidades e regiões resistentes e inteligentes.
Também em relação ao eixo proposto “desenvolvimento resistente ao clima”, está ligado a uma matriz energética diversificada; mobilidade e infraestruturas sustentáveis; e elevação da capacidade de adaptação da população e do sistema de saúde.
O governo quer se estabelecer um dos líderes no enfrentamento as mudanças climáticas, e quanto a isso quer se manter no papel de destaque regional e espera por resultados concretos da cúpula de Glasgow.
“Uma das questões que serão discutidas é que os países devem se comprometer não só com a ambição, mas também com o financiamento, não só econômico, mas também técnico”, fala Correa, também discursando quanto a necessidade dos países desenvolvidos de se mobilizarem um total de US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático.
O ministro acrescenta que terão conversas para tratar do dinamismo e a visão a longo prazo, até 2030 e 2050, sobre a mitigação, e sobre os enfoques de adaptação dos países às mudanças climáticas.
“Como incluir objetivos de adaptação nesta ambição, como vão ser medidos e como vão ser financiados? E o último ponto é a transparência: como vamos poder ter acesso à informação sobre o que está sendo feito?”, perguntou.