Segundo as autoridades florestais da China, o país planeja plantar o equivalente a cerca de 33 milhões de hectares nos próximos anos. O esforço faz parte de uma missão para que o país consiga neutralizar a emissão de dióxido de carbono até o ano de 2060, e até 2025 aumentar a cobertura florestal e de pastagem. O plano está descrito no 14° Documento Quinquenal do país, que demonstra os objetivos e ambições do país para os próximos 5 anos.
Desde 1980 até 2020, o país conseguiu aumentar sua cobertura florestal, indo de 12% para 23,04%. Para o plano de 5 anos, o objetivo é chegar a uma cobertura de 57%, contribuindo com a ecologia global. Hoje, a China tem as maiores florestas plantadas do mundo, atingindo cerca de 17 bilhões de metros cúbicos, e segundo um estudo publicado em 2019 pela revista Nature Sustainability, o esforço de conservação e plantação resultou em uma expansão global das folhagens.
De acordo com o People’ s Daily, aliado ao trabalho de florestamento também será melhorada a habilidade das florestas de reservarem carbono. Zhang Wei, representante do departamento de proteção e restauração ecológica no National Forestry and Grassland diz que serão feitos esforços para reduzir a perda de carbono, assim como proteger recursos naturais, além de gerar bionergia vinda das florestas. O representante encoraja o capital privado a ajudar nessa missão.
O país quer melhorar o monitoramento dos sumidouros de carbono e criar uma plataforma para troca e comércio desse carbono. Algo parecido foi feito na Mongólia Interior, na área da cordilheira do Grande Hinggan, onde desde 2014 autoridades florestais permitem que as empresas excedam suas emissões com tanto que comprem sumidouros de carbono como forma de compensar suas ações. A ação já gerou a 4,9 milhões de renminbis, o equivalente a 3,9 milhões de reais até abril deste ano. O local é uma importante barreira ecológica, e tem sido reflorestada anualmente, aumentando a cobertura para 22,01%.
Se a promessa for cumprida, a oportunidade de desenvolver florestas utilizando-se dos picos do carbono e da sua neutralidade irá ajudar o país a cumprir as metas climáticas.
