EnglishEspañolPortuguês

Campanha antitourada se intensifica em Madri

9 de abril de 2010
1 min. de leitura
A-
A+

A corrida de touros está sendo objeto de uma ofensiva sem igual em Madri, lugar onde as brutais touradas são consideradas uma tradição quase sagrada e tem muitos defensores, incluindo o rei Juan Carlos.

Recentemente, milhares de pessoas, ecologistas e defensores dos animais, desfilaram até a Puerta del Sol para pedir a abolição das corridas.

Dias antes, uma associação de defesa dos animais, El Refugio (O Refúgio), havia lançado um abaixo-assinado com a intenção de conseguir 50 mil assinaturas, para apresentar ao Parlamento e iniciar um debate sobre a proibição da atividade.

Inspirava-se em iniciativa similar da Catalunha, região do nordeste do país, onde ocorreram, em março, diversas audiências no parlamento regional sobre a possibilidade de se acabar com as touradas. Em ato organizado pela Plataforma Prou, e com colaboração de 800 voluntários, foram obtidas  180.169 assinaturas (quando apenas 50 mil eram necessárias).

Temendo o os efeitos dos protestos, o governo conservador de Madri anunciou a intenção de instituir a tourada como patrimônio cultural, intensificando as ações contra a matança dos animais.

“Há quem insista em Madri, no governo regional, em declarar as corridas de touros como de interesse cultural. Mas centenas de milhares madrilenos são contra”, declarou Nacho Paunero, presidente de El Refugio.

O objetivo das manifestações é de “demonstrar a rejeição social” à medida, declarou Mireza Barbeto, porta-voz do Partido Antitaurino (Pacma), e também participante da manifestação organizada no fim de março.

“Creio que não é ético divertir-se com algo que implica o sangue, a morte e o sofrimento de um animal”, sublinhou Marta Esteban, porta-voz da Fundação de Ajuda aos Animais.

“Em Madri, mais de 70% da população rejeita esses atos bárbaros e a tortura, uma vergonha nacional”, segundo Mireya Barbeto.

Com informações da AFP

Você viu?

Ir para o topo