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DEBATE

Congresso Internacional busca soluções para preservação dos botos-de-Lahille, ameaçados de extinção

23 de maio de 2023
Por Redação
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Botos-de-Lahille correm sérios riscos de extinção
O secretário de Meio Ambiente de Rio Grande, Pedro Fruet, foi um dos brasileiros convidados a participar da 69ª Reunião do Comitê Científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI). O encontro, que aconteceu na cidade de Bled, na Eslovênia, e teve a participação de dezenas de representantes que compõem a Comissão, incluindo gestores, pesquisadores e cientistas do mundo todo.
A CBI é uma organização criada em 1946 para regular a caça de baleias no mundo, tendo 88 países membros que se reúnem regularmente para discutir e definir questões relacionadas à conservação e manejo das populações de baleias. Durante a reunião, o secretário, que recentemente foi reconhecido internacionalmente pela fundação inglesa Whitley Found for Nature por seu trabalho na área, teve como foco quatro espécies prioritárias na agenda nacional: a baleia-franca, a toninha, o boto-cinza e o boto-de-Lahille.
A respeito do tema, o secretário realizou apresentação sobre botos-de-Lahille. Atualmente estima-se que não existam mais de 600 indivíduos em todo mundo, sendo que a maior parte da população conhecida reside no estuário da Lagoa dos Patos e águas costeiras próximas, com aproximadamente 90 animais.
“Trouxemos para o debate dois documentos técnicos de altíssima relevância para a questão da sustentabilidade em nossa região, que almeja ser referência na Economia Azul. Mostramos que as projeções não são boas para o futuro da espécie caso as condições ambientais e impactos se mantenham como estão hoje ou venham a piorar”, comenta.
Os botos-de-Lahille tem uma distribuição restrita ao oceano Atlântico Sul Ocidental, exclusivamente nas zonas costeiras, muitas vezes associados à desembocadura de rios e estuários. Sua distribuição começa no norte de Santa Catarina, passa pelo Rio Grande do Sul e Uruguai, até chegar na Baía de San Antonio, na Argentina. Pedro Fruet salientou que é muito provável que o risco de extinção da espécie seja elevado para a categoria de “Criticamente Ameaçado” durante a próxima avaliação de risco de espécies ameaçadas do Brasil, que deverá ser realizada ainda este ano pelo ICMBio.

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