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Caçadores matam duas girafas brancas extremamente raras

11 de março de 2020
2 min. de leitura
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Uma terceira girafa branca ainda está viva e os conservacionistas acreditam que seja o único remanescente no mundo

Girafa com leucismo (que não é albinismo) com seu filhote. Foto BBC News

A notícia é assustadora. Duas das três únicas girafas brancas do mundo foram mortas no noroeste do Quênia, segundo notícia da BBC News da terça (10) à noite. Os guardas florestais encontraram os corpos da fêmea e do seu filhote em uma aldeia no condado de Garissa.

Uma terceira girafa, do sexo masculino, está viva e pode ser o último representante da espécie com esse tipo de mutação conhecido como leucismo, que faz com que as células da pele não tenham pigmentação. Não é a mesma coisa que albinismo. Girafas com leucismo têm seus olhos escuros, enquanto animais com albinismo têm olhos rosados.

As girafas brancas foram vistas pela primeira vez em 2016, mas ficaram mundialmente conhecidas em 2017 quando suas fotos se espalharam pelas redes sociais. O gerente da Conservação Comunitária Ishaqbini Hirola, Mohammed Ahmednoor, disse que as duas girafas mortas foram vistas pela última vez há mais de três meses: “Este é um dia muito triste para a comunidade de Ijara e do Quênia como um todo. Somos a única comunidade do mundo que é guardiã da girafa branca”, disse Ahmednoor em comunicado à imprensa.

Os caçadores ainda não foram identificados e o motivo dos ataques aos animais ainda não está claro. “Esse assassinato é um golpe para os tremendos passos dados pela comunidade para conservar espécies raras e únicas e um alerta para o apoio contínuo aos esforços de conservação”, acrescentou o gerente.

O “Kenya Wildlife Society”, o principal órgão de conservação da África Oriental, está investigando os assassinatos. Cerca de 40% da população de girafas desapareceu nos últimos 30 anos e a caça ilegal para consumo da carne e venda da pele continua, de acordo com a Africa Wildlife Foundation. A população passou de 155 mil em 1985 para 97 mil em 2015, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

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