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CASO DAS GIRAFAS

Perícia da PF recomenda que girafas do BioParque sigam para santuário

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal pediu a condenação do BioParque na Justiça, com multa de R$ 1 milhão por dano moral coletivo

16 de julho de 2022
2 min. de leitura
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Girafas foram trazidas da África do Sul para o Rio de Janeiro – Divulgação/PF

Rio de Janeiro – Um documento elaborado pela perícia da Polícia Federal (PF) afirma que as 15 girafas do Bioparque deveriam ser encaminhadas para santuários na África. Os animais que foram importados em dezembro de 2021 para o Rio, estão em cativeiros e com sinais de maus-tratos. Das 18 girafas inicialmente trazidas ao país, três morreram.

“A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DELEMAPH/RJ) buscou de todas as formas, mas não existe local para a adequada alocação dos animais aqui no Brasil, porém existem santuários com vastas áreas em pleno funcionamento em diversas regiões da África”, diz o documento que o Metrópoles teve acesso.

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, contudo, diz que existe a possibilidade dos animais ficarem em santuários no Brasil, que podem construídos exclusivamente para eles.

“Todos os biólogos que escutamos dizem que impossível fazer o transporte dos animais sem mais sofrimento para a África. As girafas já cresceram, quando vieram, vieram praticamente dobradas em caixas de transporte. Por isso, hoje, retornar à África de avião é impossível, teria que ser uma viagem de navio, o que é extremamente penosa”, explica Ana Paula Vasconcelos, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal.

Maus-tratos físicos e psicológicos

A PF comprovou que as girafas alocadas no resort Portobello, resort safari, em Mangaratiba, no litoral sul do Rio de Janeiro, tem sinais de maus-tratos físicos e psicológicos desde que chegaram ao Brasil. Em janeiro a PF fez uma operação no local e prendeu três cuidadores.

“Não há nada que justifique a maneira como os animais vinham sendo mantidos e criados naquele local. Ademais, as mudanças implementadas, nos mais três meses que decorreram entre a primeira e a terceira visita da signatária ao local, não mostram obediência às normas e conhecimentos técnicos de criação de girafas. Haja vista, como exemplos, o bebedouro instalado em local no qual os animais não possuem espaços para se abaixar e o abrigo de intempéries, onde não há espaço para que os animais protejam todo o corpo da chuva ou do sol, caso sintam necessidade. Dessa maneira, as alterações realizadas no local continuam demonstrando desalinho com as normas técnicas e com os conhecimentos estabelecidos”, diz um trecho do documento.

 

Fonte: Metrópoles

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