Com exceção daqueles que são acostumados com clima de deserto, os animais também sofrem a baixa umidade que atinge algumas regiões do País. Segundo Enrico Ortolani, professor da Faculdade de Medicina Veterinário e Zootecnia da USP, o tempo seco, o calor e a poeira podem causar problemas respiratórios mesmo em gigantes da natureza.
“Determinados lagartos, ratos e outros animais que vivem em ambientes desértico são mais adaptados a condições de clima seco. Agora, animais de clima tropical e que vivem em ambientes com grande umidade sofrem muito com a baixa umidade”, diz o professor. Até algumas espécies acostumadas com locais com pouca chuva – como os leões e os elefantes originários da savana africana – sofrem com esse clima que estamos vivendo.
Ortolani explica que a baixa umidade e a poeira fazem com que os cílios do sistema respiratório desses animais percam viscosidade e mobilidade, o que diminui a sua capacidade de impedir que partículas de sujeira cheguem ao pulmão dos animais.
Fonte: Terra
Nota da Redação: Mais um efeito colateral da manutenção de animais fora de seu local de origem e habitat natural. Estando confinados em zoológicos, parques e circos, esses animais, além de todos os maus-tratos que o cativeiro lhes impõe, ainda sofrem por estarem em um clima e condições ambientais não condizentes com sua natureza corpórea e biológica.