Ativistas na luta pelos direitos dos animais do Rio Grande realizaram no último sábado, 30, uma manifestação para exigir da Prefeitura a implantação de um programa eficaz e ético para esterilização de cães e gatos no Município.
O evento reuniu integrantes de seis grupos que atuam na defesa e proteção dos animais na cidade, além de simpatizantes da causa.
Os participantes, carregando faixas e cartazes, fizeram uma caminhada pelo centro da cidade para chamar a atenção da comunidade. Na ocasião eles pediram o cumprimento da lei estadual 13.193/2009, que proíbe o extermínio de cães e gatos e estabelece que sejam criados programas e medidas que visem à proteção desses animais por meio de identificação, registro, esterilização cirúrgica, adoção e campanhas educacionais.
Os ativistas lutam ainda pela implantação do Cão Comunitário, projeto visando que após os procedimento de identificação e castração os animais sejam devolvidos ao meio onde vivem.
Durante a manifestação, os grupos fizeram um protesto contra as más condições do Canil Municipal, situado no Cassino, e a permanência indefinida de animais presos no local, que resultou em uma denúncia por parte dos grupos ao Ministério Público.
Segundo uma das ativistas e organizadora do manifesto, Milene Baldez, os ativistas contestam o relatório das atividades do Canil entregue ao MP que informa que, no segundo semestre do ano passado, 346 cães tiveram morte natural. “Isso representa duas mortes por dia. Nem na rua morre tanto”, cobrou.
“O que se viu no canil não se refere a problemas só de instalação, mas sim de falta de gestão. Aumentar o canil, como é proposta da vereadora Luciane Compiani, não vai resolver o problema do nascimento de animais. O controle populacional só de dará com uma política de esterilização”, complementa.
Ela destacou ainda que outras cidades menores que Rio Grande já cumprem a lei estadual e possuem um política de castração de animais de rua.
O manifesto ainda buscou conscientizar a comunidade sobre a posse responsável, que as pessoas se responsabilizem pelos animais e não os abandonem nas ruas. “Queremos que as pessoas entendam a problemática, conheçam as reais condições em que os animais vivem hoje e exerçam sua cidadania”, disse Milene.
Fonte: Jornal Agora