Após anos de controvérsias e diversas denúncias, o SeaQuest, aquário na região metropolitana de Denver, cidade dos Estados Unidos, irá fechar no dia 4 de fevereiro.
Desde sua criação em junho de 2018 o SeaQuest Littleton tem sido um ponto de preocupação para visitantes e defensores dos direitos animais. Relatos de ferimentos tanto a visitantes quanto a animais sempre foram motivo de controvérsia.
De acordo com Michelle Sinnott, da PETA, o modelo de aquário interativo basicamente transforma animais selvagens em commodities, forçando-os a encontros diretos para gerar dinheiro. Essa abordagem tem levantado questões éticas e gerado reclamações de ativistas pelos direitos animais ao longo dos anos.
Registros do estado do Colorado revelam um histórico preocupante, com pelo menos 30 ferimentos relatados entre junho de 2018 e janeiro de 2019. Desde ataques de píton até mordidas de iguana, os incidentes envolvendo visitantes revelaram intensas preocupações com a segurança dentro das instalações.
Além disso, os próprios animais não foram poupados de danos, como evidenciado em casos como o do esquilo voador que precisou de uma amputação de cauda após um acidente na instalação.
O cenário regulatório também não era favorável. O Departamento de Agricultura do estado interveio, emitindo uma ordem de fechamento de uma área do aquário por conta das exposições de aves superlotadas. Embora o Colorado Parks and Wildlife tenha suspenso a licença do SeaQuest para animais regulamentados, o aquário conseguiu permanecer operando, embora sob análise mais rigorosa.
Entretanto, outras unidades do aquário espalhadas pelos Estados Unidos continuarão ativas. Enquanto a empresa promete priorizar o bem-estar dos animais, os ativistas permanecem céticos, sem se esquecer dos acontecimentos passados e pedindo o fechamento de outras localizações do SeaQuest, como em Connecticut e Geórgia.