Petrópolis (RJ) está recebendo um novo sistema de alerta e alarmes por sirene que são acionadas em casos de chuva intensa e prolongada. Moradores de 10 localidades receberão treinamento e orientações sobre como agir diante de situações de risco e a ação vai incluir os animais.
O Núcleo de Bem Estar Animal, ligado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, estará, junto com o Comitê de Ações Emergenciais, passando pelas comunidades para transmitir as informações.
O objetivo é evitar que as enchentes tomem grandes proporções, como aconteceu em janeiro deste ano na região de Itaipava, em especial no Vale do Cuiabá, onde 73 pessoas morreram, centenas ficaram desabrigadas e muitos animais, entre cães, gatos, cavalos e espécies silvestres, ficaram sem socorro. Segundo o presidente do Comitê de Ações Emergenciais, Luiz Eduardo Peixoto, é importante que o sistema esteja instalado e a população capacitada antes do início do período das chuvas.
“Vamos nos reunir para criar um sistema específico para os animais”, garante Peixoto, que pretende contar com a experiência e o conhecimento das ONGs da cidade. Enquanto isso, moradores das comunidades Alto da Serra (Vila Felipe, Sargento Boenning e Dom João Braga), Quitandinha (Valparaíso, Duques e Doutor Thouzet) e Alto Independência (Siméria e São Sebastião) vão receber as orientações da chefe do Núcleo de Bem Estar Animal, a veterinária Rosana Portugal, que recentemente participou de curso sobre redução de risco em desastres, promovido pela Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) no Rio de Janeiro.
O evento, que contou com a participação de entidades de proteção animal, inclusive as ONGs petropolitanas AnimaVida e Gapa-ma, órgãos públicos e organizações como a Cruz Vermelha, além de especialistas internacionais, abordou conceitos básicos, deu esclarecimentos e falou sobre a importância de incluir os animais nas políticas de redução de risco.
Recomenda-se aos tutores que identifiquem seus animais com coleiras que contenham nome e telefone para contato, além de priorizar o resgate imediato. Caso não seja possível levar o animal naquele momento, a orientação é para deixá-lo solto na parte mais segura da casa com água e alimento em grande quantidade, retornando ao local para buscá-lo o mais breve possível.
As comunidades escolhidas para receber as sirenes são as que contam com maior ocorrência de deslizamentos e uma grande densidade populacional, como explicou o Coordenador da Defesa Civil do Município coronel De Paula.
Fonte: Tribuna