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SOLTURA

Albatroz cego de um olho é devolvido à natureza após reabilitação em SC

Durante o período de reabilitação, o albatroz ganhou peso e passou nos testes feitos pelos especialistas para assegurar que estaria apto à retornar ao habitat mesmo não tendo a visão de um dos olhos

19 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Nilson Coelho /R3 Animal

Um albatroz-de-sobrancelha-preta cego de um olho foi devolvido à natureza após ser reabilitado por profissionais da Associação R3 Animal. Resgatado em Santa Catarina, o animal marinho foi devolvido à natureza na última quarta-feira (18) após passar 26 dias em recuperação.

Desde que foi resgatada, a ave recebeu os cuidados necessários para ser preparada para a soltura. Durante o período de reabilitação, ganhou peso e passou nos testes feitos pelos especialistas para assegurar que estaria apto à retornar ao habitat mesmo não tendo a visão de um dos olhos. Os exames aos quais foi submetido também deram resultado positivo.

De acordo com a médica veterinária Marzia Antonelli, que integra a equipe de especialistas envolvida no tratamento do albatroz, o animal foi submetido a testes com estímulos que servem “para simular a pesca de uma presa viva e em movimento”. “O albatroz teve um desempenho excelente em todos os testes que fizemos”, disse ao G1 a médica veterinária.

Foto: Nilson Coelho /R3 Animal

Resgatado no dia 21 de julho, o animal foi encontrado nas proximidades do município de Biguaçu, na Grande Florianópolis, durante monitoramento realizado no mar semanalmente pelo Instituto Australis, que monitora a região da Baía Norte.

Ao ser examinada após o resgate, a ave foi diagnosticada com um alto nível de estresse e aprofundamento do globo ocular. Também foram encontrados piolhos em seu corpo e, durante testes, descobriu-se que a ave não possuía reflexo ao estímulo visual do olho ferido.

De acordo com a R3 Animal, uma análise mais aprofundada demonstrou que a lesão no olho direito é antiga e que “além do olho estar bem cicatrizado, o albatroz reage bem aos estímulos visuais ao oferecermos peixe preso a extremidade de uma corda”.

Durante o período de reabilitação, o albatroz se manteve ativo e saudável. Para que pudesse retornar à natureza em condições de sobreviver, ele também foi submetido à fisioterapia de nado e a um processo de impermeabilização de suas penas.

Foto: Nilson Coelho /R3 Animal

Animal marinho debilitado ou morto: o que fazer?

Ao encontrar um animal marinho debilitado ou morto em uma praia, a orientação é não se aproximar, tampouco tentar realizar o resgate por conta própria. Para a segurança do animal e da população, o correto é isolar a área e acionar instituições especializadas no atendimento a animais marinhos.

No litoral de Santa Catarina, o resgate de mamíferos, aves e tartarugas marinhas é realizado pela R3 Animal, que também se responsabiliza pela remoção de corpos de animais mortos. Para solicitar o serviço da entidade, o cidadão deve ligar para o telefone 0800 642 3341.

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