O ministro da Educação da Itália anunciou na terça-feira última (05), que uma nova legislação faz do país o primeiro do mundo a tornar obrigatório o estudo das mudanças climáticas nas escolas.
Segundo uma nova lei, todas as escolas estaduais dedicarão cerca de uma hora por semana às questões de sustentabilidade e mudança climática a partir do início do próximo ano acadêmico, disse o ministro Lorenzo Fioramonti. Isso equivaleria a cerca de 33 horas por ano.
“Este é um novo modelo de educação cívica centrado no desenvolvimento sustentável e nas mudanças climáticas”, disse o ministro ao jornal The Telegraph.
“É uma nova matéria que será ensinada do primeiro ao 13º ano, dos seis aos 19 anos”.
O plano de estudos será baseado nas 17 metas de desenvolvimento sustentável da ONU, incluindo como viver de forma mais sustentável, como combater a poluição dos oceanos e como lidar com a pobreza e a injustiça social.
“A Itália será o primeiro país do mundo a adotar esse quadro de disciplinas”, disse Fioramonti.
“Existem países como o Butão que se concentram na felicidade e no bem-estar, e não no PIB, mas é a primeira vez que um país toma a agenda da ONU e a transforma em modelo de ensino”, disse o ministro, membro do Movimento Cinco Estrelas, que está em coalizão com o Partido Democrata, de centro-esquerda.
Ele foi nomeado ministro da Educação há dois meses, quando a nova coalizão foi formada após o colapso do governo anterior, precipitado por Matteo Salvini, da Liga, ao retirar seu apoio.
Em setembro, quando milhões de crianças em todo o mundo participaram das marchas da Fridays for Future (Sextas-feiras para o Futuro), ele condenou os críticos dizendo que as crianças italianas deveriam ter permissão de faltar à escola por um dia.
A coalizão tem apenas dois meses, mas os dois partidos já estão em desacordo com o orçamento de 2020 e tiveram uma derrota humilhante em uma eleição regional na Umbria.
A Liga da Direita, apesar de estar em oposição, continua sendo de longe o partido mais popular da Itália, com mais de 30% de apoio dos eleitores.
Fioramonti disse estar confiante de que a coalizão durará o resto da legislatura, mas que, mesmo que não o faça, sua iniciativa sobreviverá.
“A lei foi aprovada. Portanto, a menos que exista um novo governo que realmente odeie a lei e a destrua, ela será implementada. Isso envolve questões muto além deste governo”.
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