Por Paula Rosana (da Redação)
Embora os chimpanzés tenham sido declarados uma espécie em perigo de extinção, sua comercialização para ser objeto de experiências médicas continua até hoje. No entanto, o Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos Estados Unidos procura mudar essa situação.
Nos Estados Unidos os chimpanzés podem ser comprados e vendidos na internet como se fossem um objeto ou qualquer peça de roupa, e são arrendados a laboratórios médicos onde são usados em experiências de diversos tipos. Isso se deve ao fato que os chimpanzés no seu habitat natural foram catalogados como espécie em perigo de extinção, enquanto os que estão em cativeiro não. As informações são do site uruguaio Espectador.
Dan Ashe, diretor do Serviço de Pesca e Vida Silvestre (FWS, siglas em inglês), explicou ao jornal The Washington Post que essa prática é conhecida como “lista dividida”, e os chimpanzés são os únicos que, dentro de uma mesma espécie, ora aparecem na lista de perigo e ora não.
Ashe afirmou que isso aconteceu para permitir que os chimpanzés continuem sendo usados na indústria do entretenimento e da medicina, “confundindo” o público e fazendo-o pensar que esses animais não estão em perigo, quando na verdade estão “lutando para sobreviver”.
“O mais importante disso é que o público preste atenção na precária situação dos chimpanzés selvagens” disse Ashe. “É uma oportunidade para falar sobre a natureza da ameaça a esses animais. As pessoas acreditam que o uso humano destes animais não contribui para sua extinção”.
La FWS lançou uma proposta para que todos os chimpanzés sejam considerados em perigo de extinção, em resposta aos pedidos de grupos que advogam pelos direitos dos animais. Tal proposta conta com o respaldo de diferentes instituições, algumas delas dentro do campo científico, que afirmam que o uso de chimpanzés não é necessário para o desenvolvimento da medicina.
