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SOROCABA (SP)

Justiça rejeita ação que pedia transferência de chimpanzés de zoo para santuário

O promotor Jorge Marum entrou com um recurso para tentar reverter a decisão judicial

9 de julho de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/ TV TEM

A Justiça rejeitou a Ação Civil Pública (ACP) que solicitava a transferência de dois chimpanzés do Zoológico Quinzinho de Barros para o Santuário dos Primatas, ambos localizados na cidade de Sorocaba, no interior do estado de São Paulo.

Os chimpanzés que se tornaram alvo da ação movida pelo Ministério Público são Kelly e Paulino. A fêmea, advinda de um parque em Santa Catarina, foi levada temporariamente em 2020 para o zoo com o objetivo de fazer companhia a Paulino, que havia chegado do Rio de Janeiro.

Como a previsão é de que os chimpanzés permaneçam no Quinzinho de Barros apenas até o final das reformas dos parques onde viviam anteriormente, a Justiça considerou que a tutela deles não pertence à Prefeitura de Sorocaba e sim aos proprietários dos parques particulares. Por essa razão, o juiz considerou que a ação não se sustenta.

O promotor responsável por mover o processo, Jorge Marum, discorda do entendimento do magistrado e, por isso, entrou com um recurso para tentar reverter a decisão judicial e garantir a transferência definitiva de Kelly e Paulino para o santuário, onde poderiam desfrutar de uma vida mais saudável e feliz.

Tentativa de fuga

A chimpanzé fêmea que pode ser beneficiada caso a decisão judicial seja revertida esteve envolvida em um caso que repercutiu em meio aos ativistas da causa animal. Em 12 de novembro de 2020, Kelly conseguiu fugir do recinto onde estava confinada no Zoológico Quinzinho de Barros. A operação de resgate do animal, que não chegou a sair da área do zoo, mobilizou cerca de 40 pessoas do Corpo de Bombeiros, da Guarda Civil, da Polícia Ambiental e da Secretaria do Meio Ambiente.

Foto: Fábio Rogério/Cruzeiro do Sul

A fuga aconteceu no momento em que um tratador entrou no recinto para alimentar Kelly e outro chimpanzé que vivia no recinto anteriormente ocupado pelo macaco Black, que foi transferido para um santuário. Na ocasião, Kelly caminhou pelos arredores do recinto e subiu em uma árvore.

O resgate demandou duas horas de trabalho das equipes envolvidas, além do isolamento total do parque, que ficou fechado para visitantes. A ação só chegou ao fim quando Kelly entrou por conta própria no recinto vizinho, onde vivem babuínos que foram isolados. Foi então que veterinários também adentraram o local.

Ao se posicionar sobre o caso, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que foi realizada uma tentativa de contenção química através da aplicação de um dardo com tranquilizante. Mas como o instrumento não foi injetado por completo, não surtiu efeito.

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