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Zoo quer usar os genes de Harambe para reproduzir e explorar mais gorilas

2 de junho de 2016
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

O gorila Harambe, de 17 anos, foi morto após um criança de quatro anos de idade, cair na jaula do animal, no Zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos
O gorila Harambe, de 17 anos, foi morto após tentar proteger uma criança de quatro anos de idade que caiu em seu recinto, no Zoológico de Cincinnati (EUA)

O assassinato covarde do gorila Harambe foi uma tragédia global. O animal representava uma espécie gravemente ameaçada de extinção, além de uma vida valiosa que o mundo assistiu ser ceifada.

Se fosse liberto do confinamento no zoológico, Harambe poderia ser uma esperança para toda a sua espécie, mas acabou morto ainda em sua juventude: ele tinha apenas 17 anos e nem teve a chance de atingir a maturidade sexual para reproduzir-se e formar uma família.

Mas os biólogos que trabalham no zoo ainda conseguiram extrair um pouco de esperma do corpo do gorila, com a pior das intenções: utilizar o material para inseminação artificial de gorilas fêmeas e criar novos filhotes em cativeiro, para viverem em condições miseráveis em zoológicos.

Os responsáveis pelo zoológico alegam que “é uma forma de transmitir os genes e a memória da Harambe”, o gorila que eles mesmos assassinaram e agora ainda querem utilizar para criar novas gerações de animais confinados e explorados.

A alegação é de que Harambe pertence a uma subespécie ainda mais ameaçada, o que de forma alguma justifica o uso de seus genes para reproduzir mais animais aprisionados, que nunca poderão conhecer a liberdade de uma vida plena em seu habitat natural. Pelo contrário: serão explorados e torturados em nome do entretenimento.

Trata-se, na verdade, de uma ofensa à memória de Harambe. Que ao invés de propagar a exploração, sua morte inspire a libertação de todos os animais dessas prisões denominadas zoológicos.

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