Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Depois de passar o dia confinados, suportando os ruídos e provocações dos frequentadores, a noite é o único momento de algum sossego para os animais explorados em zoológicos. Mas a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) pode acabar com a única chance de descanso dos animais com uma “expedição noturna”.
O projeto se chama “Expedição Coruja” e pretende guiar um grupo de visitantes no zoo durante a noite, no dia 22 de junho, sob o pretexto de observar animais com hábitos noturnos como tigres, leões, onças e lobos.
O público-alvo são as crianças e o argumento principal para o passeio é a “educação ambiental”. Com os casos recentes de crueldade animal e denúncias contra os zoos, fica evidente que não é nem um pouco educativo ensinar à nova geração que animais podem ser arrancados de seu habitat natural, confinados e expostos como atrações.
Enquanto o mundo se indigna contra os abusos dos zoológicos e casos como o do gorila Harambe impulsionam a luta contra a exploração da vida selvagem, a prefeitura de Belo Horizonte cria mais um produto para espetacularizar a crueldade e lucrar com o sofrimento dos animais presos. Não basta exibi-los em seu cárcere durante o dia, é preciso expandir o “expediente” para a noite.
A única forma de educar sobre a vida selvagem é ensinar que os animais pertencem ao seu habitat e merecem uma vida livre da intervenção humana, que não estão à nossa disposição e não podem ser condenados à prisão perpétua para satisfazer nossa curiosidade.
Pelo fim da exploração animal em zoos, à luz do dia ou durante a noite.