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Zimbábue nega que irmão do leão Cecil também tenha sido morto

3 de agosto de 2015
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Leão Cecil tinha 13 anos (Foto: Reprodução/Facebook/Zimparks)
Leão Cecil tinha 13 anos (Foto: Reprodução/Facebook/Zimparks)

Autoridades do Zimbábue negaram que outro leão do Parque Hwange, chamado Jericho, também tenha sido morto em uma caçada. Segundo o órgão regulador dos parques naturais do Zimbábue (ZPWMA, sigla em inglês), o animal está vivo e sendo monitorado por um colar de rastreamento via satélite.
Para comprovar que o felino está bem, a entidade divulgou uma foto de Jericho que teria sido tirada na manhã deste domingo (2), informou a agência internacional de notícias Associated Press (AP).
No sábado (1), a Força de Proteção do Zimbábue (ZCTF), havia publicado, em sua página do Facebook, uma mensagem em que lamentava a morte do leão. “Com grande desgosto e tristeza acabamos de ser informados que Jericho, o irmão de Cecil, foi morto às 16h (horário local) hoje”, postou a entidade na ocasião.
Por meio de um comunicado, repercutido pela Agência France-Presse (AFP), o órgão ZPWMA ainda destacou que Jericho não é irmão de Cecil – leão mais popular do país, morto por um caçador no começo de julho -, como afirmou a ONG.
Ainda no sábado, Brent Stapelkamp, um pesquisador britânico que monitora o animal via GPS, também já havia contestado a informação da morte do animal. “Ele parece vivo e bem para mim, até onde posso dizer”, disse.
De acordo com Stapelkamp, o GPS indicava que ele estava se movendo como de costume e que estaria com uma fêmea. “Quando eu soube da notícia, eu olhei no computador e seus movimentos pareciam regulares”, completou. Jericho é parte de um projeto de pesquisa sobre a longevidade da espécie coordenado pelo cientista.
Investigações continuam
As autoridades do Zimbábue, no entanto, seguem investigando um segundo caso de caça de leão que teria ocorrido em julho, assim como o de Cecil, leão mais popular do país. Um caçador, cuja nacionalidade não foi revelada, teria matado este segundo felino no dia 2 de julho, poucos dias antes de Cecil ser morto.
O ZPWMA ainda não confirma a morte de um segundo leão em julho, mas admite que um suspeito de caça de animais foi detido. “A Polícia está investigando todos os casos que foram denunciados e deteve outro acusado, Headman Sibanda, por supostamente violar as regulamentações de caça”, afirmou o órgão.
Morte de Cecil
A organização conservacionista Força de Preservação do Zimbábue denunciou Walter Palmer, dentista americano, que é suspeito de ter pago US$ 50 mil para caçar Cecil. Ele teria, com ajuda de dois cidadãos locais, atraído o felino para fora do Parque Nacional Hwange com uma isca, para então acertá-lo com uma flecha. O bicho não morreu naquele momento. Quarenta horas depois, teria sido morto com um tiro.
Os dois homens receberam acusações de caça, segundo a Reuters. Palmer, que não está mais no país africano, também foi acusado de matar o leão sem licença.
O dentista do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, que passou a ser alvo de críticas e ofensas nas mídias sociais, disse que atirou no animal no dia 1º de julho, acreditando que se tratava de uma caça legal, já que havia contratado guias profissionais.
“Não tinha ideia que o leão era conhecido localmente, que tinha um colar e era parte de um estudo até o final da caçada”, afirma o dentista em comunicado divulgado pela CNN. “Confiei na experiência dos meus guias profissionais locais para garantir uma caça local”, diz na nota.
Cecil, macho dominante do parque, era conhecido pela incomum juba preta e era objeto de pesquisa científica da universidade britânica de Oxford sobre a longevidade dos leões. Os acadêmicos haviam instalado uma coleira no animal.
Fonte: G1

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