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Voluntários plantam 67,5 mil árvores em floresta devastada por incêndios em Portugal

29 de março de 2018
2 min. de leitura
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Aproximadamente três mil voluntários plantaram árvores na floresta mais antiga de Portugal, que foi queimada por incêndios em 2017. Eles plantaram cerca de 67,5 mil pinheiros na floresta de Leiria, no centro do país.

Foto: AFP / YouTube

Cidalia Ferreira, prefeita de Marinha Grande, município do distrito de Leiria, disse que o esforço foi apenas o começo de um ambicioso projeto de reflorestamento: “Perdemos 80% do pinhal de Leiria nos incêndios, uma grande tarefa nos aguarda: o reflorestamento irá requerer o plantio de em torno de 22 milhões de árvores”, afirmou, segundo a AFP.

Quarenta e nove pessoas morreram após a ocorrência de centenas de incêndios no centro e no norte de Portugal em outubro. As chamas foram agravadas pelos fortes ventos do furacão Ofélia originários do norte e pelo verão quente e seco da região.  Em junho, incêndios mataram 64 pessoas e foram os mais letais da história do país, revelou o Ecowatch.

“Estamos enfrentando novas condições (temporais) devido à mudança climática. Em uma era de mudanças climáticas, esses desastres têm se tornado realidade em todo o mundo”, afirmou a ministra do Interior de Portugal, Constança Urbano de Sousa, em outubro, referindo-se aos incêndios que atingiram simultaneamente a Califórnia, nos Estados Unidos.

Em 2017, os incêndios de Portugal devastaram um recorde de 520 mil hectares florestais – que possuem em torno de 52 vezes o tamanho de Lisboa – e representaram quase 60% da área total queimada em toda a União Europeia.

A iniciativa liderada pelo governo para replantar a floresta de 800 anos recebeu o apoio de voluntários, militares, policiais e bombeiros. A madeira da famosa floresta de Leiria foi utilizada para construir barcos à vela durante as navegações portuguesas entre os séculos XV e XVII. “Reconstruiremos esse pinhal para que fique bonito e para que nossos filhos tenham ar puro para respirar no futuro. Isso é o que me motiva”, explicou o voluntário José Dyonisio.

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